O ódio que você semeia (o filme)

Nesse final de semana estreia no Brasil o filme O ódio que você semeia, baseado no livro da autora estadunidense Angie Thomas, publicado aqui pelo selo Galera Record. Eu tive oportunidade de ver a adaptação para o cinema no Festival do Rio (um festival internacional de cinema) no começo de novembro e confesso que estou muito tentada a voltar ao cinema novamente. Aliás, já virou uma missão da minha vida semear essa história por aí.



Confesso que não imaginava que o filme bateria tão forte dentro de mim. Pensei que pelo fato de ter lido o livro em 2017 e por saber exatamente o que aconteceria em cada cena, o filme não mexeria tanto comigo. Mas a produção, o roteiro e as atuações foram tão incríveis que eu chorei praticamente do início ao fim. E também por ver aquilo materializado, sabe, a história que estava na sua cabeça ganhando vida!

Então, se você não conhece a história do O ódio que você semeia é sobre a Starr, uma menina negra que mora em um bairro pobre e estuda em um colégio particular, que vê um amigo de infância ser morto na sua frente por um policial e, como no meio de tudo isso, ela encontrará a sua voz. Se quiser mais detalhes, eu indico a resenha que eu fiz do livro. Ou ver o trailer do filme:



Talvez a única coisa que para quem leu livro possa sentir falta no filme é mostrar mais da relação da Starr com o Chris e com o Khalil. Eu lembro que gostei no livro dessas partes mais "amorzinho" onde eu não sabia com quem shipava a Starr. Mas isso está longe de ser um defeito do filme! Muito pelo contrário. Ficou bem claro que o objetivo da roteirista que adaptou o livro, Audrey Wells, e do diretor do filme, George Tillman, foi focar na Starr e na sua luta por justiça.

O meu único medo é que esse filme passe batido nos cinemas, ou pior, que nem passe direito. Infelizmente, eu estou cansada de ver filmes menosprezados pelas grande redes de cinema. O ódio que você semeia, por mais que retrate uma história nos EUA, dialoga diretamente com a nossa realidade. Por isso, esse filme é mais do que necessário e se você puder, assista!

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