Mais um mês onde li muito menos do que eu queria ou pretendia. Não estou considerando nesses posts mais os livros que estou relendo para o Desafio de Releituras da Meg Cabot, porque apesar deles sempre serem um prazer, já considero-os parte das minhas "obrigações" do mês. E todo mês sai resenha do livro relido (ou da série relida) do mês aqui no blog (já tivemos Ela Foi Até o Fim, a série Heather Wells Mysteries, a série Garotos e agora em Maio vamos ter "Formaturas Infernais - fiquem atentos!).
Estou numa fase muito complicada e, pelo que eu tô vendo nas redes sociais e conversando com meus amigos, tá todo mundo mal (como já diria a sábia Jout Jout). Acho que isso explica um pouco porque eu tô lendo tão menos do que eu queria, já que estou soterrada de outras atividades que exigem meu tempo e me deixam exausta, tanto física quanto mentalmente. Dessa forma, estou fazendo um grande esforço para não me penalizar tanto pela minha falta de leituras e se você estiver se sentindo assim também, espero que você também seja misericordioso consigo mesmo. Eu já falei um pouco disso aqui em uma coluna sobre atração de coisas boas e eu mesma preciso reler essa coluna com frequência para me lembrar desse meu propósito.
Mas, enfim, sem mais delongas, vamos aos dois livros que terminei esse mês e aos outros dois que comecei!
Primeira leitura de Abril/2018
Título: Alucinadamente Feliz
Autor: Jenny Lawson
Editora: Intrínseca
Gênero: Não ficção (com um pé na auto-ajuda, na minha opinião)
Para saber mais: clica aqui.
Estrelinhas: 5 com MUITO LOUVOR. Entrou pro rol de favoritos.
Autor: Jenny Lawson
Editora: Intrínseca
Gênero: Não ficção (com um pé na auto-ajuda, na minha opinião)
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Estrelinhas: 5 com MUITO LOUVOR. Entrou pro rol de favoritos.
Jenny Lawson está longe de ser uma pessoa comum. Ela mesma se considera colecionadora de transtornos mentais, já que é uma depressiva altamente funcional com transtorno de ansiedade grave, depressão clínica moderada, distúrbio de automutilação brando, transtorno de personalidade esquiva e um ocasional transtorno de despersonalização, além de tricotilomania (que é a compulsão de arrancar os cabelos). Por essa perspectiva, sua vida pode parecer um fardo insustentável. Mas não é.
Após receber a notícia da morte prematura de mais um amigo, Jenny decide não se deixar levar pela depressão e revidar com intensidade, lutando para ser alucinadamente feliz. Mesmo ciente de que às vezes pode acabar uma semana inteira sem energia para levantar da cama, ela resolve que criará para si o maior número possível de experiências hilárias e ridículas a fim de encontrar o caminho de volta à sanidade.
Meus comentários: Que livrão da porr*. Eu descobri esse livro através da indicação de uma amiga, muitos anos atrás (acho que foi na última Bienal de SP, em 2016). Ela tinha lido recentemente e adorado, acabou comentando comigo e eu fiquei interessada, mas deixei aquilo largado lá no fundo da minha cabeça. Quando teve a promoção de dia da mulher da Saraiva o livro estava bem baratinho e resolvi comprá-lo. Sábia decisão. Eu amei cada linha. Chorei, gargalhei e me identifiquei muito com Jenny e com sua maneira de ver o mundo. Estava (e ainda estou), como disse, numa daquelas fases bosta da vida e ler esse livro aqueceu meu coração, acalentou minha alma e me fez acreditar de novo que vale a pena continuar vivendo, mesmo com os dias que eu não aguento mais. Saiu resenha dele aqui no Psicose da Nina e também tem um vídeo no meu canal onde eu leio uma das minhas partes favoritas. Leiam esse livro e seja alucinadamente felizes!
Segunda leitura de Abril/2018
Título: Simon vs. A Agenda Homo Sapiens
Autor: Becky Albertali
Editora: Intrínseca
Gênero: Ficção Adolescente
Para saber mais: clica aqui.
Estrelinhas: 4
Simon tem dezesseis anos e é gay, mas ninguém sabe. Sair ou não do armário é um drama que ele prefere deixar para depois. Ele só não contava que Martin, o bobão da escola, iria chantageá-lo ao descobrir sua troca de e-mails com Blue, pseudônimo de um garoto misterioso que a cada dia faz o coração de Simon bater mais forte.
Uma história que trata com naturalidade e bom humor de questões delicadas, explorando a difícil tarefa que é amadurecer e as mudanças e os dilemas pelos quais todos nós, adolescentes ou não, precisamos enfrentar para nos encontrarmos.
O livro encabeça todas as listas de melhores livros de 2015, tendo sido indicado a diversos prêmios, como o National Book Award For Young People's Literature, o Best Fiction for Young Adults Award, da Young Adult Library Services, e o Goodreads Choice Awards.
Meus comentários: Já fazia um tempo que eu estava de flertes com esse livro, pois eu adoro a capa dele e do "Os 27 crushes de Molly", da mesma autora. Quando soube que ia lançar o filme, resolvi que era o grande momento de ler, rs. Acabei comprando o livro também na promoção do dia da mulher na Saraiva, mas tive a oportunidade de ver o filme antes disso. Inclusive a minha crítica tá aqui no Psicose da Nina e quem comentar nela tá concorrendo a um poster lindíssimo. Aproveita e vai lá, que essa promo vai fechar em breve. Eu adorei tanto o filme que fiquei esperando ansiosamente o livro chegar para lê-lo. De fato, o livro é adorável. Com uma linguagem simples e típica de um romance adolescente, a história de Simon cativa e empolga, nos deixando sempre muito certos da bosta de mundo que vivemos e de a única maneira de melhorá-lo é acreditando no amor. Uma leitura maravilhosa para todo mundo!
Livros que comecei em Abril/2018 mas ainda não terminei
Título: A Mulher na Janela
Autor: A. J. Finn
Editora: Arqueiro
Gênero: Suspense
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Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e... espionando os vizinhos.
Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir.
Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle? Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece.
Meus comentários: Talvez meu erro nesse livro tenha sido começá-lo com uma hype muito alta e diversas expectativas. Por enquanto ele ainda não me empolgou. O livro é narrado em primeira pessoa por uma personagem agorafóbica, o que talvez justificasse esse marasmo do início, mas até aí "Close Enough To Touch" (que falei sobre na coluna de leituras de Janeiro) também é e é bem mais cativante, rs. Eu também não estou gostando muito da escrita do autor, que parece bem estranha. Talvez eu não seja o público do livro, mas sigo insistindo porque o grande crime ainda não rolou e eu estou muito curiosa para saber os plot twists. Ele tem sido indicado como o "thriller do ano", então vale a pena conferir. Já falei um pouco dele na coluna sobre como foi o encontro de blogueiros e livreiros com as editoras Sextante e Arqueiro.
Título: A Sutil Arte de Ligar o F*oda-se
Autor: Mark Manson
Editora: Intrínseca
Gênero: Não-ficção (com um pé na auto-ajuda)
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Chega de tentar buscar um sucesso que só existe na sua cabeça. Chega de se torturar para pensar positivo enquanto sua vida vai ladeira abaixo. Chega de se sentir inferior por não ver o lado bom de estar no fundo do poço.
Coaching, autoajuda, desenvolvimento pessoal, mentalização positiva - sem querer desprezar o valor de nada disso, a grande verdade é que às vezes nos sentimos quase sufocados diante da pressão infinita por parecermos otimistas o tempo todo. É um pecado social se deixar abater quando as coisas não vão bem. Ninguém pode fracassar simplesmente, sem aprender nada com isso. Não dá mais. É insuportável. E é aí que entra a revolucionária e sutil arte de ligar o foda-se.
Mark Manson usa toda a sua sagacidade de escritor e seu olhar crítico para propor um novo caminho rumo a uma vida melhor, mais coerente com a realidade e consciente dos nossos limites. E ele faz isso da melhor maneira. Como um verdadeiro amigo, Mark se senta ao seu lado e diz, olhando nos seus olhos: você não é tão especial. Ele conta umas piadas aqui, dá uns exemplos inusitados ali, joga umas verdades na sua cara e pronto, você já se sente muito mais alerta e capaz de enfrentar esse mundo cão.
Para os céticos e os descrentes, mas também para os amantes do gênero, enfim uma abordagem franca e inteligente que vai ajudar você a descobrir o que é realmente importante na sua vida, e f*da-se o resto. Livre-se agora da felicidade maquiada e superficial e abrace esta arte verdadeiramente transformadora.
Meus comentários: Outro livro que também comprei na promoção do dia da mulher porque estava com um preço incrível e eu estava muito curiosa, especialmente depois do vídeo da Bia Jiacomine, minha influencer favorita, rs. Comecei a ler um pouco depois de terminar Alucinadamente Feliz, querendo suprir a ausência de uma literatura que me fizesse sentir melhor. Bem, não é bem isso que esse livro está fazendo. É um tapa na cara a cada página e algumas coisas que eu preciso RELEVAR, porque não concordo. E não é não concordo porque me afeta/porque eu vejo que estou errada, é não concordo porque vai de encontro com meus valores morais, rs. Mas sabendo fazer uma leitura crítica também, o livro está se mostrando bem interessante e proveitoso. Se alguém quiser resenha deixa aí nos comentários!
Título: Escrever para não enloquecer
Autor: Charles Bukowski
Editora: L&PM Editores
Gênero: Não-ficção
Para saber mais: clica aqui
As cartas que mostram como Bukowski se tornou Bukowski
Agora estou trabalhando numa fábrica de ferramentas – e bebendo.
Mas continuei matutando. Onde estão aqueles contos e esquetes que mandei para ela em março de 1946? Ela está zangada? Isso é a vingança dela? Será que ela queimou as minhas coisas? Ela transformou as páginas em barquinhos de papel para a banheira? Ou será que Henry Miller dorme com elas embaixo de seu colchão?
Não posso esperar mais.
Se não receber resposta, terei minha resposta.
(Trecho da carta de Charles Bukowski para Caresse Crosby, 9 de outubro de 1946)
Editado por Abel Debritto, tradutor, editor e autor de Bukowski: King of the Underground, Escrever para não enlouquecer é uma espécie de autobiografia não autorizada. Contém cartas escritas e ilustradas pelo escritor entre 1945 e 1993, nas quais ele revela os bastidores de sua própria história. Nessa correspondência, originalmente destinada a amigos e editores, Bukowski relata fatos e frustrações do seu dia a dia, discorre acerca da arte de escrever e expõe suas opiniões (geralmente bombásticas) sobre autores célebres como Henry Miller, Faulkner e Hemingway – sempre se valendo do estilo irônico que o celebrizou. Repletas de observações inusitadas, fruto de uma sabedoria adquirida tanto nas ruas quanto nos livros, as espirituosas cartas do velho safado são uma leitura indispensável para qualquer fã. Acompanhe em primeira pessoa a trajetória de um dos grandes rebeldes da literatura.
Meus comentários: Outro nenê que comprei na promoção da saraiva (fiz a festa) e que tem se mostrado uma decisão muito acertada. Estou lendo em doses homeopáticas, porque ele bate muito fundo em mim e preciso de tempo para digerir. Mas, ao mesmo tempo, tem sido uma experiência incrível e louca perceber como ele tem opiniões parecidas comigo sobre o que é escrever e qual é o papel da escrita nas nossas vidas. Não era fã de Bukowski nem nada quando comprei o livro (na verdade, li poucos e escassos poemas dele), mas agora já tenho vontade de ler mais. É um livro que recomendo para todos aqueles que escrevem e que, às vezes, se sentem muito loucos por conta disso.
Bem, é isso!
E você? O que leu em Abril? Qual desses livros você gostaria de ler? Qual deles você gostaria de ver resenhado? Conta para mim aí nos comentários!
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Escrever para não enlouquecer: https://amzn.to/2raRB1c
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