A equipe do PN marcou presença no LER - Salão Carioca do Livro. O evento aconteceu na Biblioteca Parque Estadual no último final de semana e contou com uma programação intensa, que mesclou todas as artes como forma de enaltecer a literatura.
Participação de autores nacionais e editoras
Diferente de outros eventos de grande porte voltados para o mercado literário, o LER consegue proporcionar um ambiente intimista com os autores. É possível estar tomando um cafezinho e ver Ziraldo passando na sua frente. Ou conversando com os amigos sobre qual livro comprar nos estandes e ver Conceição Evaristo com Glória Maria indo para uma mesa de debate. Até mesmo os locais onde foram realizados a palestra ficaram disposto de forma que era possível ficar bem próximo fisicamente dos convidados.
Um charme a parte do LER é o espaço que o evento dá para as editoras pequenas e livrarias. Foi possível seguir por um corredor onde encontramos um pouquinho de tudo. Algumas disponibilizaram espaço para os seus autores realizarem sessões de autógrafos e em todas era possível encontrar descontos. Sem contar, um estande com livros a 10 reais!
Autora Luciana Rangel e autora Lucinei M. Campos (O Mago) marcaram presença no LER |
Palestras
No domingo, nossa equipe conferiu o debate com a Fernanda Young (lançando da sua primeira não ficção pela Editora Leya chamada "Pós-F: para além do masculino e do feminino") e Fabrício Carpinejar (autor do livro "Cuide dos Pais antes que seja tarde", publicado pela Bertrand Brasil) sobre "O dela, o dele e os nossos". Cada uma falou um pouco sobre os seus livros e o debate girou bastante em torno sobre as expectativas que existem em relação ao papel da mulher e do homem na sociedade e nos relacionamentos.
Logo em seguida, ainda no mesmo espaço, Café do Livro, aconteceu o debate "É a vez do Young Adult!", mediado pela Thaís Cavalcante, do canal Pronome Interrogativo. Esse bate-papo contou com a presença de Frini Georgakopoulos (autora do livro "Sou Fã! E agora?" e curadora do Clube do Livro Saraiva RJ), Priscilla Sigwalt (criadora do Turista Literário) e Taissa Reis (Página 7). As meninas contextualizaram a criação do termo Youn Adult e falaram sobre estigma que esse gênero literário sofre, sendo considerado de "menor importância". E durante o debate foi se levantada a hipótese de que justamente por essa falta de reconhecimento dentro da literatura, esses livros acabam sendo mais corajosos em abordar temáticas consideradas tabu.
No domingo, nossa equipe conferiu o debate com a Fernanda Young (lançando da sua primeira não ficção pela Editora Leya chamada "Pós-F: para além do masculino e do feminino") e Fabrício Carpinejar (autor do livro "Cuide dos Pais antes que seja tarde", publicado pela Bertrand Brasil) sobre "O dela, o dele e os nossos". Cada uma falou um pouco sobre os seus livros e o debate girou bastante em torno sobre as expectativas que existem em relação ao papel da mulher e do homem na sociedade e nos relacionamentos.
Logo em seguida, ainda no mesmo espaço, Café do Livro, aconteceu o debate "É a vez do Young Adult!", mediado pela Thaís Cavalcante, do canal Pronome Interrogativo. Esse bate-papo contou com a presença de Frini Georgakopoulos (autora do livro "Sou Fã! E agora?" e curadora do Clube do Livro Saraiva RJ), Priscilla Sigwalt (criadora do Turista Literário) e Taissa Reis (Página 7). As meninas contextualizaram a criação do termo Youn Adult e falaram sobre estigma que esse gênero literário sofre, sendo considerado de "menor importância". E durante o debate foi se levantada a hipótese de que justamente por essa falta de reconhecimento dentro da literatura, esses livros acabam sendo mais corajosos em abordar temáticas consideradas tabu.
Da esquerda para direita: Thaís Cavalcante, Frini Georgakopoulos, Priscilla Sigwalt e Taissa Reis no debate sobre literatura Jovem Adulto |
Organização e serviços
Uma das grandes vantagens do LER é ser gratuita. Apesar da organização solicitar que fosse feito cadastro para retirada de ingressos simbólicos, tanto para o evento como para as palestras, em nenhum momento eles foram pedidos por ninguém. Era só chegar! Na portaria eles colocavam uma pulseira, como também foi feito na edição anterior, e você podia circular por todo o evento.
Por ser na Biblioteca Parque Estadual, a infraestrutura para banheiros estava muito boa. E pode parecer besteira, mas isso é um ponto muito importante em eventos que duram um dia inteiro. Em relação a comida, era possível encontrar uma variedade de opções, principalmente, na modalidade Food Truck. Em conversa com amigos que também foram ao evento, os preços não estavam tão convidativos. No entanto, pelo fato da localização da biblioteca ser no coração do centro da cidade do Rio de Janeiro, existe uma oferta grande opções mais baratas na redondeza. Talvez no domingo ou a noite, as pessoas possam ter sentido mais dificuldade de encontrar opções fora do evento, mas ao menos, existia alternativas.
Como blogueiras, nós ficamos um pouco confusas em relação ao credenciamento. A organização fez questão de divulgar a disponibilidade para cadastro de blogs (entre outros profissionais). No entanto, não recebemos nenhuma resposta por e-mail desse cadastro e no dia do evento era preciso "brigar" para receber um crachá, que aparentemente não servia para muita coisa além de você estar identificado.
A Biblioteca vai ficar aberta?
Um marco desse evento seria a reabertura da Biblioteca Parque Estadual que estava fechada por motivos de falta de verbas. E antes disso, espaço ficou por anos fechados em um reforma que ao menos serviu para modernizar e tornar esse um espaço de referência. Antes de sairmos do evento, no domingo, conversamos com um rapaz que estava trabalhando em um instalação interativa da Estante Virtual. Ele nos disse que não havia garantia nenhuma da biblioteca realmente ficar aberta após a realização do evento.
Em pesquisa feita para esse post, a data informada para reabertura do espaço era 28 de maio, sendo que a Biblioteca estava fechada desde dezembro de 2016. Antes da realização do evento é possível encontrar diversas reportagens sobre a reabertura e, inclusive, você pode ver nesse link, uma reportagem do O Globo que fala um pouco das promessas do secretário da cultura do Rio na abertura do LER. Mas é só você pesquisar mais um pouco para percebe que essas história é mais obscura do que parece. No Jornal do Brasil é possível encontrar uma matéria que contextualiza toda a história da Biblioteca até questionamentos do que podemos esperar desse espaço no futuro. E, se é que não podia ficar pior, no site Publishnews tem uma reportagem falando que a empresa que venceu o pregão e que vai ser responsável pela contratação do pessoal que trabalhará na Biblioteca é especializada em atividades relacionadas a esgoto.
O que achamos do evento?
No domingo, Nina (à esquerda) e Aimee (à direita) encontramos a Mari, responsável pelo instagram @olivete.em.acao |
Por Nina:
Essa é a minha segunda vez no LER e foi amor a primeira vista em 2016. Toda a proposta do evento é maravilhosa: foco na literatura nacional e debates ótimos! Fica difícil não comparar com a primeira edição, mas essa teve o espaço ligeiramente reduzido. No entanto, os espaços para palestras estavam com uma acústica bem melhor e mais confortáveis, comparado ao galpões do Píer Mauá. Houve alguns momentos de constrangimento por parte da organização do evento ao comentar algumas questões durante a palestra que pareciam não entender o motivo ou posicionamento de alguns debates, pelo menos nos que eu estive presente. Por exemplo, depois do debate sobre literatura YA discutir o quanto é ridículo a distinção de "alta e baixa literatura", uma das pessoas "grandes/importante" na organização do evento soltou um pérola sobre ao citar exemplos do que ele chamava de "autores sérios". De resto, eu gostei bastante do evento e espero que o LER marque presença ano que vem novamente na programação literária da cidade.
Essa é a minha segunda vez no LER e foi amor a primeira vista em 2016. Toda a proposta do evento é maravilhosa: foco na literatura nacional e debates ótimos! Fica difícil não comparar com a primeira edição, mas essa teve o espaço ligeiramente reduzido. No entanto, os espaços para palestras estavam com uma acústica bem melhor e mais confortáveis, comparado ao galpões do Píer Mauá. Houve alguns momentos de constrangimento por parte da organização do evento ao comentar algumas questões durante a palestra que pareciam não entender o motivo ou posicionamento de alguns debates, pelo menos nos que eu estive presente. Por exemplo, depois do debate sobre literatura YA discutir o quanto é ridículo a distinção de "alta e baixa literatura", uma das pessoas "grandes/importante" na organização do evento soltou um pérola sobre ao citar exemplos do que ele chamava de "autores sérios". De resto, eu gostei bastante do evento e espero que o LER marque presença ano que vem novamente na programação literária da cidade.
Por Aimee:
[EM BREVE]
[EM BREVE]
Nhaa deve ser um evento muito legal, ainda mais por ser grátis! haha
ResponderExcluirNão sei se aqui em SP tem algo assim. Vou dar uma pesquisada.
Mas não vejo a hora de a Bienal chegar *-*