Oi pessoas, meu nome é Natalia Oliveira, na internet também sou conhecida como Nolipa e sou escritora. Hoje estou aqui a convite do Psicose da Nina para contar um pouquinho da minha primeira Bienal. Minha primeira e única Bienal foi há dois anos trás, em São Paulo 2016. Embora eu leia desde muito pequena, até então não era imersa no mundo literário ou nesta tribo específica, portanto não fazia a mínima ideia que este evento existia. É interessante dizer que até este evento eu não era uma escritora e nem tinha a menor pretensão de ser, mas falarei mais sobre adiante.
A decisão de finalmente ir para um evento literário foi natural a partir do momento em que criei um perfil no Instagram para falar de livros e encontrei leitores no meu convívio pessoal. Sendo assim juntas, eu e mais três amigas, planejamos esta viagem por meses. No fatídico dia saímos de casa as 6:30 da manhã e viajamos sozinhas e juntas pela primeira vez para São Paulo. Era uma mistura de medo, ansiedade, calor e expectativa. Lá encontramos minha irmã, e então éramos cinco pessoas vivendo aquilo pela primeira vez.
A primeira lembrança que tenho da Bienal em si foi de me sentir extremamente emocionada. Eu quase chorei ali, logo na entrada, era surreal sentir que eu não era sozinha no mundo (estou aqui emocionada novamente). Por muito tempo as pessoas me olhavam estranho por sempre estar com um livro no ônibus, na faculdade, no banco, no médico... em qualquer lugar! Estar naquele lugar enorme foi muito legal!
Outra coisa interessante foi que passei um ano guardando dinheiro e não comprei um único livro na Bienal! Estava tão deslumbrada que não comprei nada, só olhava, passeava nos stands, via autoras andando pelo pavilhão, as booktubers, ou as instagramers, inclusive a Nina que passou na minha frente...
Porém, a parte mais marcante e importante foi o bate papo com umas das minhas escritoras favoritas: Marian Keyes. Tê-la diante dos meus olhos, falando sobre as histórias que tanto amo, ascenderam em mim uma lâmpada. Quando uma leitora perguntou o porque dela ser escritora ela respondeu: que estava cansada de inventar novos finais para as histórias que lia e por isso resolveu escrever as suas.
Foi ali, naquele momento, que Save the Date — meu primeiro romance — nasceu. Foi ali que me tornei escritora, porque eu também sentia que faltava algo e inventava novos fins para as histórias que lia. Então encontrar Marian que é a autora do meu livro preferido, Sushi, e poder contar isso para ela na sessão de autógrafos, vê-la falar sobre seu processo de escrita, me trouxeram até este texto que vocês lêem. E agora me levará a uma nova primeira Bienal, desta vez como escritora, em agosto.
Obrigada, Nina e equipe pelo convite! Foi muito legal escrever este texto e imaginar que em dois anos passei de leitora à escritora.
E a sua primeira Bienal, como foi?
E a sua primeira Bienal, como foi?
Natalia Oliveira
Natalia Oliveira é autora do romance “Save the Date”, que terá seu lançamento físico na Bienal de São Paulo nos dias 04 e 10 de agosto. Também escreveu os contos “Plebeu”, “Uma Longa Viagem” e “Amor, Amor, Amor...” — este último é parte da Antologia “Amor & Melodia” com lançamento previsto para 12/06. Todas as suas histórias estão disponíveis em e-books na Amazon. Leitora assídua, lê uma média de cem livros por ano e mesmo assim possui uma lista interminável de leituras. Tem dupla graduação e não atua em nenhuma das área. Suas autoras favoritas são Marian Keyes, Sophie Kinsella e Gayle Forman.
Yeeeeeei!
ResponderExcluirEu amei esse convite e estou super ansiosa para a próxima Bienal e enfim vê-los por lá!
Que massa esse post, amei.
ResponderExcluirEu ia chorar, certeza, só a gente entende essa emoção né, só apaixonados (as) por literatura sabem como é!
Ainda não planejei, mas vou considerar a do RJ ano que vem, apesar de ter Rock in Rio, e eu já ter a certeza que irei - se Deus permitir. Nossa! Mas quero muito essa experiência um dia. Deve ser loko!
Ser escritora é um elogio que quero receber no futuro.
xero
SDDS Nina
https://leayasnaya.blogspot.com