Eu não fazia ideia do que estava fazendo - "Minha Primeira Bienal" por Nina Novaes

Acabou que o projeto da Minha Primeira Bienal deu uma atrasada, mas ele não morreu! Fiquem tranquilos. A partir da próxima semana postaremos às terças como combinado. Ontem era para ter saído o texto da Aimee Oliveira, mas como o meu ainda nem tinha saído, essa semana vamos ter dois textinhos! Estão preparados?

Eu não tenho um foto da minha primeira bienal, mas fica essa foto fofa para ilustrar o post.


A minha primeira Bienal da vida foi em 2007 (eu acho). Eu estava no primeiro ano do ensino médio e fui com a família de uma amiga do colégio, Jéssica. É estranho, porque não lembro de muitos detalhes. Quando paro para pensar nesse dia, eu lembro de coisas pontuais como: uma massa de pessoas, que hoje são apenas um borrão na minha cabeça, e como eu tive que fazer milagre com 50 reais. 

Com certeza, eu não fazia ideia do que esperar de uma Bienal ou do que realmente era aquilo tudo. Lembro de ver a Thalita Rebouças em uma mesinha alta, que em poucos minutos formou uma fila enorme de gente. Não fazia ideia que existiam eventos, palestras e autores convidados do mundo inteiro, no meu primeiro olhar parecia uma enorme feira de livros.  

Se você está curioso para saber o que acabei com comprando com 50 reais, só prometo dizer se você não rir! Fiquei horas num estande de 10 reais e levei um livro do Gabriel Pensador. Antes de ir embora, eu passei lá tentei trocar, porque... Eu não fazia ideia do que estava fazendo. E uma moça do estande me sugeriu trocar por um livro mais adolescente chamado Footloose. Também comprei um daqueles livros do Calvin e Haroldo e outro estande que fiquei horas na fila para entrar e mais horas para passar no caixa. Nisso, me sobraram 15 reais e acabei na Editora Gente comprando o livro "E aí? Uma papo aberto entre a gente." da Babi Xavier, onde eu não fazia ideia do que ela falava. Mas descobri depois que tinha altos papos sobre sexualidade. Eu podia ter 15 anos na época, mas com certeza tinha mentalidade de 12 para certas coisas e não soube lidar com esse livro. 

Pelo que me lembro, eu sai bastante frustrada e sem entender exatamente o propósito daquilo tudo. Mas incrivelmente morrendo de vontade de voltar de novo. E fico feliz que essa Bienal meio bagunçada na minha cabeça tenha sido apenas a primeira de muitas que vieram depois.  

Agora eu tenho uma visão formada sobre o que é a Bienal para mim, tenho minhas próprias estratégias de "ataque" e, por mais que eu tente, não consigo não ficar ansiosa quando essa época do ano começa a chegar. Ainda mais que em 2015, eu tive uma nova primeira Bienal em minha via, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Uma experiência completamente diferente que renderia mais um post enorme. E outros tantos sobre a minha primeira vez correndo atrás de autógrafos, ou a primeira vez como blogueira... No final das contas, toda Bienal tem um gostinho especial de como se fosse a primeira. 

Nina Novaes
Editora do Psicose da Nina desde 2013. Colunista no Estante Diagonal. Socióloga de formação e atualmente estuda Comunicação e Saúde. Passei minha adolescência lendo Harry Potter e livros emprestados da biblioteca da escola. Gosta de ler de um tudo um pouco, mas com certeza romances que retratam o universo feminino contemporâneo são os seus favoritos, como Sophie Kinsella.

  

Um comentário:

  1. Minhas memórias também estão borradas, vou ter que pensar bastante pra escrever meu texto! haha

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