Resenha: "Morte Súbita"

Quem me acompanha em outras redes sociais da vida sabe que a minha última empreitada literária foi ler "Morte Súbita". Se as notícias ainda não chegaram até você, meu amigo psicoticozinho, venho lhe dizer que acabei.

Antes de qualquer preconceito literário que você venha a absorver por várias pessoas falarem que desistiram ou demoraram eras, como eu, para terminar de ler, o livro não é ruim. Pelo contrário, o que vemos nesse livro é toda a capacidade da J. K. Rowling como escritora em articular personagens. 

O livro conta a história de um vilarejo na Inglaterra que não quer se responsabilizar por um território mais pobre. Ou melhor, o livro é sobre as pessoas que estão envolvidas com essa questão. 

Logo no começo, ela apresenta milhares de personagens. Mas só depois de algumas muitas páginas você vai entendendo as relações entre eles. 

Uma coisa eu digo, não cai já conversa que depois da página tal o livro melhora. Isso pode te dar uma falsa esperança de que algo incrível vai acontecer. E não é o que acontece.

O livro continua no mesmo ritmo do começo ao fim. A única coisa que acontece em determinado ponto é que você fica mais familiarizado com os personagens e passa a conhecer melhor os segredos privados de cada um. 

O que me fez ler o livro até o final foram as questões abordadas pela autora. Ela não mede as palavras para falar sobre drogas, relacionamentos abusivos, estupro, suicídio, corrupção  e outros problemas que afetam o mundo inteiro, mas ficam escondidos na vida privada.

Então, se você se interessa por livros que abordam essas questões e retratam o cotidiano das pessoas e suas relações, ele é um ótimo livro! Mas se você ler as primeiras cem páginas e achar que não consegue ir empurrando essa leitura mais lenta até o final, pode parar por aí e não perca o seu tempo. 

Vou procurar agora assistir a minissérie baseada no livro lançada em 2014. Acredito que ela possa ser melhor que o livro. Mas de qualquer forma vendo aqui falar o que achei.