Irlanda: Voltando para casa

Chegamos ao fim dessa jornada de relatos do meu intercâmbio na Irlanda. Hoje vocês saberão sobre o meu último sábado na ilha e como foi a minha volta para casa.

Quando chega a hora de voltar para casa. 

Eu já acordei sábado de manhã quase sendo expulsa do meu quarto. Aparentemente, a CI (empresa que contratei o intercâmbio) não fez o pedido de uma noite extra na residência estudantil. Meu plano era sair de lá, só domingo de manhã, porque meu voo era no final de tarde. Houve uma pequena conversa e ficou acordado de que poderia ficar mais uma noite (claro, para onde eu iria?), só que teria que pagar antes de ir embora e depois a CI me reembolsaria pelo "transtorno" (o que de fato fez). 

Eu e Tani fomos no The Mezz comer a feijoada no melhor estilo coma o quanto puder. Lá você ganha um pulseira e pode entrar e sair e comer o dia inteiro o quanto quiser. Passeamos um pouco pelo centro. Depois fomos para casa. Tínhamos combinado de nos reencontrar a noite no St. Stephen Green Park para minha noitada VIP de despedida. Chegamos cedo e conseguimos entrar de graça na Dyce's, pegamos até uma mesa com três lugares. Mas o lugar estava meio morto. Resolvemos ir para uma boate alguma coisa The moon, que fiquei sabendo da fama por outros colegas da Emerald que iam lá toda quarta. Partimos pra lá!

Andamos quase meia, sempre na esperança de que fosse logo ali na oura esquina. Quando chegamos lá, tinha um segurança na porta que virou para gente "Vocês estão na lista?". Putz, tínhamos um lugar ótimo na Dyce's e trocamos por meia hora de caminhada e um porta na cara. Logo atrás da gente estava vindo um grupo de indianos e como somo maldosos, ficamos na esquina olhando eles também serem barrados. Por algum motivo (provavelmente por sermos idiotas), aquilo foi a coisa mais engraçada do mundo.




Decidimos voltar para Dyce's, não tinha mais nenhum lugar e o Gus tava quase morrendo de tão doente. Resolvemos encerrar a nossa noite antes que o LUAS fechasse.


No domingo de manhã, a Tani foi me encontrar na residência estudantil, para me ajudar com a mala que pesava mais do que eu. Quando estávamos indo embora, passamos para falar com o gerente da residência para pagar a noite extra. Eu já estava falida, então, contei com os 50 euros do depósito que você tem que fazer quando chega e recebe de volta quando sai sem deixar avarias no quarto. Só que o senhor humano não tinha troco. A Tani me ajudou com o dinheiro que tinha e eu comecei a caçar todas as minha moedas, acho que ele deve ter recebido até uma moeda de 10 centavos de Real! Só sei que passei a maior vergonha e provavelmente faltou uns 70 cents, Mas a culpa não era minha se ele não tinha troco!




Fotos da minha residência que ficava dentro um colégio.
O ponto de ônibus com a plaquinha azul é onde para os ônibus especiais. 

Tani pegou comigo o ônibus que ia levar a gente até o aeroporto. Nossa, eu não sei o que faria sem a Tani, juro gente. Ela me ajudou em tudo que precisei durante a viagem inteira, nunca me deixou na mão e se tornou uma grande amiga. :')


No caminho, a ilha da esmeralda me deu um presentinho de despedida. Até então, eu só tinha visto alguns projetos de neve. No meio do caminho para o aeroporto começou a nevar de verdade! Eu desci do ônibus e senti aqueles floquinhos caindo no meu rosto e se acumular em cima das coisas. Foi mágico! Eu quase chorei! Mas o tempo na Irlanda é tão louco que meia hora depois já estava fazendo sol e toda neve já tinha derretido.

Almoçamos no McDonald's do aeroporto e nos despedimos. Outro momento de quase choro. Só quem fez intercâmbio sabe como é fácil se apegar as pessoas que você conhece lá fora, principalmente se forem pessoas da sua cultura. Dá certo conforto sabe? Uma sensação de que você não está sozinho.









Meu voo de Dublin para Frankfurt atrasou umas três horas. Isso fez com que eu perdesse a conexão das 20 horas para o Brasil. No primeiro momento achei que eu iria começar uma saga pelo aeroporto que nem no filme "O Terminal" (haha), mas para minha sorte a Lufthansa foi ótima. Eles deram todas as informações necessárias, acomodação em hotel, vale alimentação, tudo! Para que eu pudesse esperar o voo do dia seguinte.


Obviamente que não consegui dormir direito, mas pude tomar um banho e assistir bob esponja em alemão. A comida do hotel era horrível! Ele ficava nas proximidades do aeroporto, era preciso pegar um transfer, mas eu não cheguei a ver nada assim da cidade. Só rodovias e o aeroporto mesmo. Fiquei receosa de sair passeando pela cidade com pouco dinheiro e acabar perdendo o voo de novo. Então, fiquei passeando pelo aeroporto.


Fiquei apaixonada pelo painel de voos que ficava mudando cada letrinhas fazendo um barulhinho muito fofo. Fui zoada por um indiano na lojinha de souvenir falando que ia cobrar para olhar minha mochila enquanto eu pegava as lembrancinhas, ele ainda me zoou uma segunda vez falando que ele era brazilian também... Okay, amigo. 


Bem, eu mofei no aeroporto né? Porque cheguei meio dia e meu voo só era as 20 horas. Mas o mais engraçado foi quando me instalei num cantinho do aeroporto onde tinha tomada e de repente eu vejo o Paulo, marido da Débora, vindo pelo corredor. Ele tinha ido para Alemanha a trabalho por uma semana e por pura coincidência nos encontramos na volta para casa. O voo dele era pela Tam e mais cedo que o meu, mas foi muito louco encontrá-lo ali. Mundo pequeno né?






Cansada de ficar no aeroporto.

Quando eu fui passar pela polícia. Uma das minhas bolsas foi parada. E um Indiano (gente, sempre são os indianos haha) pediu para eu abrir. Você precisa tirar os eletrônicos da mochila e por na esteira e eu tinha esquecido (eu estava com preguiça na realidade) de tirar o 3DS. Ai puxei ele do fundo da bolsa e mostrei para ele. Ele perguntou o que era (oi?) e eu disse que era um videogame. Ele perguntou se podia levar para perícia, eu fiquei: WTF??! Não existe 3DS na Alemanha? Mas na realidade, só disse "Of course!" (Claro!). Eles levaram o meu 3DS para um salinha secreta e depois me devolveram falando "Clear!" (Limpo) e fui liberada. Quase que vivo a experiencia do filme "O Terminal" mesmo haha.

O voo de volta para casa foi mais tranquilo e rápido do que o da ida. Acho que eu já tinha me acostumado com a ideia de passar 14 horas quase dentro de um avião. O único problema é que eu estava tendo uns problemas intestinais e tinha um velhinho sentado na minha fileira e eu ficava com vergonha de ficar acordando ele toda hora. Então, me segurei ao máximo e só levantei uma vez.



Meu voo chegou 5 horas da madrugada e o aeroporto estava bem vazio. Inclusive a alfandega que nem estava aberta e não precisei declarar nada. Antes para pegar a mala fiquei procurando alguém para ficar perto e implorar para me ajudar a pegar a mala da esteira. Um senhor lá me ajudou, graças a Deus! Minha mãe e o Luiz Fernando estavam me esperando e foi o momento de por tensão da viagem para fora e dei um choradinha, afinal, não tem nada como a nossa casa. 

Um comentário:

  1. Nossa, quanta aventura hein!! haha
    Cara, amo seus relatos do intercâmbio. Pena que acabou! :'(
    Quero fazer um também, assim que eu terminar a faculdade, nem que seja pra ficar só um mês!
    BEIJÃO!!

    www.ooutroladodaraposa.com.br

    ResponderExcluir