Bienal Internacional do Livro 2015 (Rio) + Especial Sophie Kinsella: dia 12 (Post atualizado 16/09)

Eu nem sei por onde começar, ontem (12/09) foi o dia mais mágico da minha vida. Eu sou uma pessoa muito difícil de gostar de alguma coisa ao ponto de estar disposta a fazer qualquer coisa como fã. Hoje, eu posso dizer que fui e sou fã de três "coisas": da série Harry Potter (por muito tempo achei que era fã da J.K., mas não consegui avançar com outros livros dela), da Avril Lavigne (que por mais que eu deixe de ouvir suas músicas por um tempo, eu sempre acabo ouvindo, desde os 11 anos) e da Sophie Kinsella. Esse post será sobre eu ser fã da Sophie Kinsella - e da Bienal também, é claro.

Sophie Kinsella (à esquerda) e Frini (à esquerda), jornalista mediadora. 
[No final do post você encontra o vídeo do bate-papo com a autora no Conexão Jovem da Bienal]
Quem acompanha o Psicose sabe que estive me preparando para encontrar a S.K. desde que anunciaram a vinda dela para cá, na Bienal do Livro. Comecei fazendo os posts sobre a vida dela, sobre os livros e carreira. Eu vi muitas entrevistas que ela deu no Youtube, mas nada se compara a poder estar do lado da sua ídola.

A Bienal é sempre Bienal e fãs de livros são tão loucos quanto fãs de qualquer outra coisa, então, eu tentei criar uma operação de guerra. Eu recebi ajuda de todo mundo: dos meus pais para comprar os livros (a falida), dos meus amigos através de apoio moral, ideias e até mesmo tive um amigo, o Black, que madrugou na fila para mim. Eu nem acreditei quando ele e eu conseguimos as senhas! Melhor foi saber que as minhas amigas, que também queriam os autógrafos, conseguiram! Porque esses momentos só tem a sua real magia chegando ao ápice quando todo mundo que está no mesmo barco consegue alcançar o que quer.



Sobre senhas: fãs "alucinados" ou má organização do evento 


Lembra que no post passado, eu disse que um dos requisitos para você conseguir uma senha era correr? Pois bem, eu tive a "benção" de uma amiga para conseguir entrar mais cedo na Bienal, então, eu tive "oportunidade" de vislumbrar isso - ao invés de fazer parte. O pessoal REALMENTE corre! E corre mesmo!

Pelo o que meus amigos contaram, ajuda chegar cedo, mas não significa que isso irá garantir o seu lugar. A Bienal do Rio (não sei a de São Paulo, porque nunca fui), tem a incrível capacidade de criar várias filas, de deixar os pedestres plantados do lado de fora, enquanto o pessoal que chega de carro consegue formar um fila lá dentro. Então, quando você chega na entrada do pavilhão, o fato de você ter sido o primeiro ou segundo na fila do lado de fora, pode não significar nada, porque todas as filas se misturam. E quem ganha nessa história? Quem correr mais.

Eu não julgo os fãs que fazem isso, se eu não tivesse entrado mais cedo, COM CERTEZA eu estaria correndo tão rápido e loucamente quanto todo mundo que vi chegando para entrar na fila da senha. O que me dá vergonha é da organização em deixar isso acontecer, em obrigar, as pessoas a fazerem isso. Conversando com os meus amigos, mais tarde, na fila do autógrafo, a Clara disse: "Existem sistemas de distribuição de senhas bem mais eficazes do que ficar distribuindo papelzinho". E concordo plenamente com ela.

Talvez olhando para um quadro maior, a organização da Bienal tenha evoluído. Em diversos papos que tive, falaram sobre fãs que em outras edições se machucarem nessa de tentar pegar autógrafo do seu autor favorito. Acredito - ou prefiro acreditar - que eles ainda estejam trabalhando nisso para as próximas edições.

Bate-papo com a autora


Assim que pegamos as senhas (eu, Black e Thaíssa), fomos aproveitar para pegar marcadores de livros e comprar os últimos livros da S.K. Eu disse no post anterior que os descontos lá na Editora Record estavam ótimos e estavam mesmo! Eu comprei: Quem vai dormir com quem? (quando ela ainda assinava como Madeline Wickham e o último que faltava para mim oficialmente), "A lua de mel" (apesar de eu já ter a edição em inglês, achei legal ter para completar a coleção) e a versão comum do "Becky Bloom em Hollywood" ( Por que? Eu não tenho coragem de ler a edição de luxo, vai que estraga!!!).


Fomos direto para o bate-papo e lá descobrimos que a senha que recebemos também marcava o lugar no auditório. Eu quase morri quando descobri que ia ficar na B5, ou seja, estava na segunda fileira colada no palco. Infelizmente, isso fez com que eu ficasse separada da Thaíssa e do Black.

A jornalista que fez a mediação, Frini Georgakopoulos, era muito alegre e divertida. Ela já chegou falando que a Sophie Kinsella era tão fofa "que dá vontade de guardar num potinho de um jeito "não psicopata"". Antes mesmo da autora entrar, ela já anunciou que iria fazer só três perguntas e o resto era com a gente. [Momento friozinho na barriga].

Ela entrou pelo lado esquerdo do auditório recebida com um salva de palmas e dando acenos mega fofos para todo mundo, subiu no palco e continuou com a mesa simpatia até o final. Eu espero muito que a Editora Record disponibilize a gravação da entrevista, porque foi muito legal e divertido. Ela quebrou sem querer o fone do "aparelhinho de tradução" e ficou mega sem graça e disse que ia "pagar por isso".


Na hora que a Frini disse que ia abrir a pergunta para o público, eu já estava com a mão meio levantada, e quase fiquei de pé de tão rápido que estiquei a mão. A Frini já apontou para mim e disse "Essa garota com a echarpe verde!". Recebi elogios das duas e fiquei mais nervosa ainda. Levantei e fiz a minha pergunta sobre como ela se sentia escrevendo como Madeleine Wickham e como Sophie Kinsella, e se teria alguma chance de ela voltar a assinar com o outro nome.


Eu estava tão nervosa, mas tão nervosa, que minha mão estava tremendo. Eu tive que engolir o choro que já estava segurando desde que ela entrou no auditório. Eu nem sei se eu agradeci, só sei que o fato dela ter respondido boa parte da pergunta olhando nos meus olhos, deixou o momento mais mágico ainda!

Gente, meus vídeos, infelizmente, estão todos virados. :(

Tiveram mais umas cinco perguntas de fãs, algumas muito boas e outras nem tanto. Mas todas foram válidas para conhecermos melhor a autora. No final, a Frini falou que a S.K. ia escolher uma assento para dar uma cópia da edição de luxo do "Becky Bloom em Hollywood". Ela falou primeiro, I algum número e nada, D algum número e também não tinha ninguém, então ela disse, B5. Isso B5! Levou duas horas para a minha ficha cair de que a cadeira do meu lado era B4, ou seja, eu tinha ganhado!! Infelizmente, não recebi da mão da Sophie, mas tenho certeza que ela ficou muito feliz!

E para mim foi duplamente ótimo. Não sei se comentei aqui, mas a edição luxo que eu tinha comprado, a capa de papel estava rasgada por dentro e eu só vi quando cheguei em casa. Acho que foi o echarpe verde me dando sorte, heim gente.




Sobre a sessão de autógrafos


Depois de tantas emoções, resolvemos comer alguma coisa antes de partir para mais uma fila. Bienal é basicamente isso gente, você sai de um fila para entrar em outra, até para ir no banheiro. 

Resolvemos deixar para ir no "final" da sessão, já que a Clara estava trabalhando no estande vendendo "Mocassins & All Stars", mas descobrimos que a Sophie era simpática de mais para dar 380 autógrafos em duas horas.


E lá veio mais uma bela demonstração de organização da Bienal. Eles não calcularam que ia levar tanto tempo, então precisaram transferir umas 100 pessoas que ainda estavam na fila, para o estande deles (Algumas sessões de autógrafos aconteciam em umas cabines da Bienal e outros nos estandes das editoras). Lá fomos 100 fãs de mãozinhas dadas que nem excursão de escola atravessar um bom pedaço da Bienal até o estande da editora.

Ficamos mais umas duas horas na fila e só quase as 17 horas conseguimos finalmente encontrar com ela. Nesse tempo, eu fiquei estudando o que falar para ela, como se realmente, eu não fosse ficar nervosa na hora e nem lembrar meu nome.

Na salinha estavam ela, o marido, o fotógrafo e o diretor de marketing da Editora Record, e todos falaram "Oh! The girl in the green scarf!". Nossa, eu estava tão nervosa quanto no bate-papo. Eu queria fazer uma pergunta "se era verdade que o livro "Can you keep a secret?" (O segredo de Emma Corrigan) tinha a ver com o fato dela se chamar Madeline Wickham e assinar como Sophie Kinsella". Mas gente, e para pergunta sair? O diretor de marketing tentou me ajudar, mas nem em português eu estava conseguindo ser clara. Até que todo mundo se entendeu e ela me respondeu lindamente rindo: "Não [sorrindo]. Quando eu apresentei o livro para o meu editor, ele achou que seria uma boa ideia colocar esse nome. Não tinha nenhum grande mistério por trás" (Foi mais ou menos isso, rs).

Primeiro local da sessão de autógrafos. Depois tivemos que ir para o estande da Editora Record.
O momento que o meu coração acelerou mesmo e eu quase morri. Foi quando ela começou a assinar o meu livro nominal (só podia escolher um) e ela escreveu "The girl in the green scarf". Gente, só de contar essa história, o meu coração para. Imagina como fiquei lá na hora.


Na hora de tirar a foto, eu tava tão nervosa que nem toquei nela com medo! Eu sou muito boba né? Mas eu estava muito nervosa! O livro que eu escolhi para assinatura nominal foi o "Menina de Vinte" que marcou a minha vida de uma maneira linda e é o meu favorito. Antes de ir embora entreguei a cartinha na mão dela e ela disse que iria ler depois. (Assim que sair a foto na página da Editora Record, eu coloco aqui no post).

Logo depois de mim, entraram os meus amigos. O Black disse que ficou conversando com ela sobre eu ser uma grande fã dela e ter escrito sobre algumas milhares de vezes no blog. Como eu tinha dois lançamentos, deixei o "À procura de Audrey" com o Black para ter direito a mais dois livros. Escolhi "O segredo de Emma Corrigan" como o nominal dos livros que estava com ele e deixei o meu livro da edição de luxo para ela assinar e poder fazer alguma promoção aqui no blog, já que tenho dois!


Sobre voltar para casa: o inferno


Voltar para casa é mais um oferecimento da falta de organização da Bienal e do governo. Para piorar, nesse último final de semana, normalmente, os dias mais lotados do evento, estava chovendo. Aí você junta tudo: falta de organização, chuva, obras em torno, todo mundo querendo voltar para casa e Riocentro como o lugar mais longe de tudo na cidade.

Do nosso grupo, só eu e o Black que íamos voltar para tijuca, então, voltamos juntos. Pegamos o primeiro ônibus que deu, que tinha o mínimo de espaço para gente entrar, e saímos de lá. Ficamos no aperto quase todo o caminho, sendo que esse ônibus nos deixou no centro da cidade. Lá tentamos pegar um táxi, mas o ônibus que ia para Tijuca, chegou antes de qualquer táxi parar para gente.

Enfim, cheguei ensopada e, pior, alguns livros meus molharam um pouco também. Mas sem estresse! Eles já secaram e os autógrafos estão intactos!

Apesar dos pesares, o saldo do dia foi ótimo! Agora tenho todos os livros da Sophie Kinsella publicados em português, tive um dia maravilhoso com os meus amigos, conheci a minha autora favorita e agora ela me conhece como sendo a "garota da echarpe verde"!


(14/09) Gente, acabei de encontrar três vídeos no Youtube com o Bate-papo que aconteceu no conexão jovem, dia 12/09. A minha pergunta foi cortada :(, mas a resposta que ela me deu está na segunda parte (Era sobre as diferenças entre Madeleine Wickham e Sophie Kinsella). 



Esse não é o vídeo oficial e não sei se a Editora Record ou a Bienal vão postar um dia. Então, agradeço a Lisse Cunha por ter feito esse registro e disponibilizado no Youtube. Agora posso ficar revendo esse encontro um milhão de vezes!

4 comentários:

  1. hahahahaha oi dona garota da echarpe verde!!! Que puta honra, nossa!
    Eu imagino que delícia deve ser conhecer o escritor preferido. Eu acho o máximo pessoas que escolhem escritores para tietar e não atores de novela hehehe

    Amei esse texto e não sei se conseguiria enfrentar tudo isso (Bem, se fosse o Stephen King eu enfrentaria sim), mas uma melhor organização seria bom para todo mundo!

    Parabéns!

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  2. Oie Nina!
    Seu post ficou incrível mesmo! Parabéns!
    Eu fui uma das que corri demais, não só nesse autógrafo como da minha diva Colleen Hoover, e amei cada momento.

    E sobre eu ter cortado sua pergunta, não foi de propósito, porque minha camera apagou na hora, tinha muitas coisa nela. Tive que desocupar pra voltar a gravar. Desculpa aê rs

    Bjks, da Lisse

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    1. Eu imaginei Lisse haha
      Só falei para o povo não achar que eu inventei que fiz a pergunta ;)

      Eu te agradeço eternamente por esse registro e pelo compartilhamento! <3

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  3. Meu Deus eu ia morrê!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Nina do céu tô sem palavras, sei nem como tu escreveu este post kkkkkkkkkkk
    E ainda ganhou o sorteio hahahahah
    Genteee queria estar viva...........

    Não sei o que dizer, tô só sentindo ÓÓ

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