10 melhores momentos da minha carreira

Foto do blog Carpe Libri
Semana passada foi uma depressão só quando eu contei os 5 momentos mais difíceis da minha carreira. Não quero desanimar ninguém a ser escritor, só mostrar as verdades do caminho cheio de espinhos. Também queria desmistificar um pouco essa ideia de alguns leitores que os escritores podem viver só disso e que ganham fortunas escrevendo livros. Claro, tem alguns que ganham. Outros, como euzinha, batalham muito todo dia.

Para compensar essa coluna mórbida, eu resolvi alegrar tudo essa semana e contar os 10 melhores momentos da minha carreira!!!


1) Quando eu vi a boneca do livro
Eu não sei se vocês sabem o que é boneca, mas é basicamente um único exemplar do livro que a editora imprime na gráfica para checar se a impressão de todos vai sair boa. Afinal, as tiragens normalmente são de pelo menos 300 livros. Se 300 livros fossem impressos e só depois se percebesse um erro, já pensou o problema? Então normalmente as editoras imprimem um livro só para fazer essa checagem, especialmente no que diz respeito as cores da capa do livro. Como minha primeira editora era de São Paulo, não pude ver a capa ao vivo. Porém, uma das meninas que trabalhava lá, me mandou uma série de fotos por e-mail e eu chorei de alegria. Foi um momento muito feliz ver que minha obra estava tomando forma de livro mesmo, com capa, páginas e todo resto.

2) Quando as caixas de livros chegaram na minha casa
Como eu contei semana passada, depois de muitos problemas com a minha editora, fui obrigada a comprar quase toda tiragem. Eles ficaram com tipo 12 no estoque. Ou seja? Um dia o interfone tocou e eram quase 290 livros na minha porta! Mas enfim, o motivo de felicidade elencado nesse post é: quando as caixas chegaram na minha casa fiquei, ao mesmo tempo, apavorada e feliz. Apavorada porque imagina que situação? Eles ficaram na minha sala por mesesssssss, porque como eu também contei no post passado, é difícil vender livros sendo uma 'desconhecida'. Felizmente vendi todos os livros da primeira edição, inclusive os 12 que ficaram com a primeira e editora e mais uns 40 que eles fizeram a mais em uma das suas milhares de trapalhadas. Ou seja, antes de conseguir um novo contrato, vendi sozinha mais de 300 livros!! Mas fiquei feliz porque era verdade mesmo: agora eu era, oficialmente, aos olhos da sociedade, uma escritora! Tinha meu livro impresso, com meu nome na capa!!

3) O dia do lançamento
Passei dias e dias planejando cada detalhe do lançamento, que aconteceu em Maio de 2014. Fiquei dias sem dormir direito arrumando brinde, decoração e comida. Mas valeu tanto a pena!!! Foi um dia maravilhoso, fiquei MUITO FELIZ, vendi muitos livros e meu coração quase explodiu de tanta emoção, rs. O dia do lançamento é uma lembrança maravilhosa e eu agradeço muito a todos os envolvidos e que participaram desse dia especial comigo!

4) Toda vez que eu ganho uma resenha positiva
Eu tenho pânico toda vez que clico no link de resenha de um blogueiro. Minhas pernas ficam moles NA HORA. Tenho horror de descobrir que eles detestaram o livro. Na primeira edição tinha ainda mais medo, porque o livro saiu cheio de erros de edição. A segunda já está muito melhor nesse sentido (e em muitos outros). No final das contas, nunca recebi uma resenha REALMENTE negativa. Algumas tiveram alguns pontos negativos, mas em linhas gerais, continuavam positivas. E toda vez que essa adrenalina do pânico se dissipa, surge a alegria de ver que meu trabalho é querido na blogesfera :)

5) Quando minha família e meus amigos leram o livro
Eu passei anos escrevendo em segredo, na internet. Meus amigos próximos não sabiam, muito menos minha família. Quando recebi a proposta de publicação e resolvi levar esse sonho em frente, morri de vergonha do que eles iriam pensar. Quando o livro lançou e todos eles começaram a ler, fiquei nervosa demais!!!! Quando meu namorado começou a ler, achei que ia morrer de horror. E no final das contas, quando todos eles amaram e deu tudo certo, isso me deixou feliz demais. Ser reconhecida como talentosa, verdadeiramente, pela sua família e amigos, é incrível.

6) Toda vez que eu recebo recado de leitores
Pode parecer mentira, mas eu quase choro toda vez que recebo um depoimento de leitor sobre alguma obra minha. Como eu contei, meu cotidiano é muito difícil e são essas pequenas mensagens do dia-a-dia que fazem meus dias serem mais leves e me dão mais força para continuar escrevendo e batalhando.

7) A primeira vez que eu participei de uma Bienal como autora
Sempre participei da Bienal, mas foi ano passado a primeira vez que participei como autora, na Bienal de São Paulo. Também estava ansiosa, nervosa e um pouco apavorada, mas chorei de felicidade quando cruzei a entrada do estande com meu crachá escrito AUTORA. Sempre sonhei com aquele momento, mas nunca pensei que ele fosse, de fato, acontecer. Foi uma Bienal linda, muito feliz, conheci leitores incríveis e escritores fofos e acessíveis. Enfim, perfeito. Esse ano foi participar pela primeira vez da Bienal do Rio, minha cidade, e estou MUITO ANSIOSA - e certa de que terão lágrimas e etc... Tudo de novo..

8) Quando eu consegui colocar meu livro em livrarias por conta própria
Minha primeira editora não mexeu um dedo para me ajudar na distribuição dos livros, especialmente porque eu comprei toda a tiragem. Para tentar disseminar ele por aí, fiz muito esforço e consegui colocá-lo em algumas livrarias (um dia eu explico como fazer isso para os autores interessados aqui na coluna. Eu já contei?). A emoção de ver meu livro em exposição na bancada das livrarias é MUITO GRANDE. Toda vez que eu vejo tiro fotos, quero gritar e chorar um pouquinho. Se você ver Mocassins e All Stars em algum lugar nas livrarias, por favor, tire fotos e me mande!!

9) Quando consegui o contrato para a segunda edição
Na Bienal de São Paulo fiquei no estande de uma editora muito acolhedora, chamada Editora Garcia. Eles me deram muito amor, muito sustento e muito apoio no decorrer dos dias da Bienal. Fiquei encantada com o trabalho deles e com o zelo, coisas que eu não estava nem um pouco acostumada, devido à minha última editora. No final da Bienal, o editor me convidou para lançar a segunda edição pelo selo da livraria. Eu comecei a chorar na hora. É sério. Eu acho que vocês vão me achar a maior chorona do século lendo essa minha coluna, mas como não chorar, gente? Fiquei feliz demais, foi incrível! Conclusão? A nova edição lançou em Abril desse ano, pela Editora Garcia e eu estou MUITO FELIZ com as conquistas do livro desde então.

10) Toda vez que eu paro e penso: espera, esse é o meu maior sonho
Às vezes é muito difícil ser escritora e querer isso como carreira. É uma batalha diária, noites sem dormir, vários cadernos de organização e conta bancária sempre,  SEMPRE, no negativo. PORÉM, toda vez que eu lembro que esse é meu sonho, ser escritora e ser lida, eu junto forças e sigo em frente feliz. Lembro de todos esses momentos felizes e de muitos outros, e fico FELIZ. Genuinamente feliz. Espero que muitas outras felicidades venham nos próximos anos de carreira e que o sofrimento diminua também, né? Porque assim, já deu :)



Um comentário:

  1. Parabéns por conquistar tanta coisa.
    Bj e fk c Deus.
    Nana
    http://procurandoamigosvirtuais.blogspot.com

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