O que eu aprendi com 2018?

Eu nem sei se esse post irá realmente ao ar quando eu gostaria que fosse (hoje, 27 de dezembro de 2018). No momento, eu estou em um lugar que a Internet não é lá essas coisas e nem ouso tentar parear minha Internet móvel com o notebook. Mesmo assim, eu resolvi arriscar. Pode ser que eu coma algumas letras, que o corretor automático do celular me pregue uma peça (não que eu mesma não tenha um certo grau de dislexia. Já contei que demorei muito para aprender a ler bem? Lembro na pré-escola da professora ter uma atenção especial comigo em relação a isso e que em casa meu pai me ajudava também, porque eu tinha "mania" de tentar adivinhar as palavras ao invés de ler o que estava escrito. Talvez seja por isso que até hoje minha leitura seja relativamente lenta. Mas não é sobre isso que quero falar hoje, apesar de ter dedicado um parágrafo a essa história. Sei lá, só quis compartilhar). 

Aproveitando o parentese acima, faz uns três anos que tenho me preocupado em olhar para traz, para minha história de forma diferente do que fazia (ou pelo menos tento). Tenho sido mais gentil com as fases da minha vida que aparentemente fiz "escolhas erradas". Também tenho tentado parar de comparar minha trajetória com a de outras pessoas e, mais do que isso, ter orgulho de tudo que eu conquistei nesses 27 anos (mesmo que não pareça muita coisa para a sociedade em que vivemos e que nos cobra determinados padrões para nos encaixarmos na categoria de "sucesso").

Esse ano, por exemplo, foi muito... estranho? Não sei como definir. Eu vivi e conquistei muitas coisas, por um lado. Do outro, foi um ano que me vi terrivelmente com medo do meu futuro (e, principalmente, do meu país). E foi nesse período de medo que percebi o quanto as vezes é importante viver um dia de cada vez, porque tem determinadas situações que não podemos controlar, mas precisamos tentar ao máximo não nos descontrolarmos (não sei se isso fez sentido).

Sem ordem grandeza ou preferência, eu vou listar algumas coisas que aconteceram em 2018, conforme for lembrando: esse foi o primeiro ano da minha carreira profissional que passei trabalhando ele inteirinho, ganhando meu dinheirinho e minha independência (talvez semi *risos*, já que ainda moro com meus pais, mas ainda não vejo isso como um grande problema. Primeiro que viver no Rio de Janeiro é uma fortuna e, segundo, eu tenho minhas própria trajetória e cada um tem o seu momento); eu comecei uma especialização onde tive aula com professores mega referências em suas áreas e, ainda tive um plus maravilhoso, conheci colegas e fiz amizades para um vida inteira; também me aproximei de terminadas pessoas e foi muito maravilhoso, pude conhecer elas melhor e espero poder conhecê-las ainda mais ano que vem; falando em conhecer, essa foi a Bienal do Livro onde mais encontrei/conheci os blogueiros que sigo (e foi também incrível por outros motivos também); mais uma cachorrita entrou na minha vida e o nome dela é Rebecca; eu passei num programa de mestrado que estava namorando desde a época da graduação, mas nunca achei que seria capaz de passar (não na primeira tentativa); eu comecei minha coleção particular de jogos de tabuleiro modernos e estou conhecendo cada vez mais pessoas maravilhosas desse hobby...

Provavelmente, eu estou esquecendo de várias outras coisas maravilhosas que aconteceram. Isso só em 2018! Não sei se você já reparou que têm umas coisas que são transtemporais, que pode ser que não se concretizem nesse ano, mas que está em construção. Precisamos aprender a valorizar também o caminho que percorremos e não apenas a chegada. 

Não lembro se já prometi alguma coisa sobre o blog para o ano que vem. Acho que falei sobre ele ser mais pessoal, né? Acho que basicamente será isso mesmo. Ando numa vibe muito um passo de cada vez. Parei de criar metas e estou focando apenas em planos (acho que a pressão seja um pouco menor - metas dá uma sensação de algo estabelecido que não pode ser modificado e se não chegamos lá, viramos um fracasso). Então, o que posso adiantar é que: o plano é continuar.