Resenha: Os Imortalistas

Olá, psicóticos! Tudo bem?

Volto aqui depois de nossas (merecidas porém não muito aproveitadas rs) férias do blog trazendo a resenha de um lançamento da nossa editora parceira Harper Collins, Os Imortalistas. Eis a sinopse:

Se você soubesse a data de sua morte, como viveria sua vida? É 1969 no Lower East Side de Nova York e os rumores na vizinhança são sobre a chegada de uma mulher mística, uma vidente que se diz ser capaz de dizer a qualquer um qual será o dia de sua morte. As crianças Gold – quatro adolescentes que estão começando a conhecer a si mesmos – saem de casa sorrateiramente para saber sua sorte. 
As profecias informam as próximas cinco décadas de sua vida. Simon, o menino de ouro, escapa para a costa oeste, procurando por amor na São Francisco dos anos 80; a sonhadora Klara se torna uma ilusionista em Las Vegas, obcecada em misturar realidade e fantasia; Daniel, o filho mais velho, luta para se manter seguro como um médico do exército após o 9 de setembro; e Varya, a amante dos livros, se dedica a pesquisas sobre longevidade, nas quais ela testa os limites entre ciência e imortalidade. 
Um romance notavelmente ambicioso e profundo com uma brilhante história de amor familiar, Os imortalistas explora a linha tênue entre destino e escolha, realidade e ilusão, este mundo e o próximo. É uma prova emocionante do poder da literatura, da essência da fé e da força implacável dos laços familiares.



Imediatamente, a sinopse me deixou intrigada em relação ao desenvolvimento da trama: seria uma história "paranormal" ou o contexto da vidência estaria inserido em fatos que se assemelham a realidade?


Ao longo da trama, entretanto, percebi que o enredo não foca muito nessa questão. A reflexão que o livro nos apresenta é sobre quais escolhas e de que forma escolhemos viver após saber uma informação deste tipo (que pode ou não te impactar de maneira profunda). Inclusive, quando essa problemática retorna ao longo da leitura, eu fui pega de surpresa pois já não estava mais tão preocupada em relação a isso e, sim, investida emocionalmente com os personagens. E nós temos oportunidade de conhecer cada um deles.

O livro se organiza da seguinte forma: inicia-se com um prólogo, que acompanha Varya, a irmã mais velha dos Gold, enquanto eles descobrem e buscam respostas com uma misteriosa mulher na Hester Street, no final dos anos 60. Entre treze e sete anos, os irmãos Gold vão juntos nesse apartamento que modificará suas vidas pois, um a um, se encontram com a mulher e são informados sobre a data em que vão morrer. Somos também apresentados aos pais dessa tradicional família judaica e logo nota-se que não há um consenso sobre as práticas e crenças religiosas.

O restante do livro é dividido em quatro partes, seguindo uma ordem cronológica, cada uma acompanhando o destino de um dos irmãos e, naturalmente, ao notar os anos no início dos capítulos, é inevitável sentir uma angústia pelo que está por vir. Com alguns personagens novos que aparecem em diversos capítulos, como é de se imaginar em relações familiares, podemos acompanhar como Simon, Klara, Daniel e Varya saem da adolescência e encaram com as dificuldades de viver, com as marcas e sombras de sua criação.
Sem dar muitos spoilers, pois nunca é legal, é fato que a premissa é inovadora e temos um convite a reflexão sobre a nossa forma de conduzir a vida e o que de fato é importante e nos modificam o caráter e as convicções. Falando especificamente da edição, trata-se de um exemplar de capa dura belíssimo, bem formatado e que traz em seu interior folhas secas semelhante às da capa, que nos remetem aos outonos em Nova York (pelo menos, é o que eu conheço dos filmes rs). Ao todo, foi uma ótima e diferente experiência de leitura

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