Crítica: Never

Eu fiquei sabendo desse filme quando ele ainda estava em fase de produção e eu acompanhei um pouco dos bastidores através do perfil da Emma Roberts no instagram da atriz. Fiquei bastante empolgada quando vi o teaser, mas o interesse foi se perdendo com o tempo. O filme ficou pouquíssimo tempo em cartaz nos cinemas brasileiros e eu quase não vi propaganda. O que fez reacender o meu interesse foi ele estar disponível no catálogo da Netflix.


Nesse filme, um jogo chamado Never está se popularizando entre os jovens. Adolescentes de várias partes do mundo podem escolher entre serem um mero observador ou um jogador. A partir do momento em que o jovem passa a ser um integrante ativo desse jogo, ele tem a possibilidade de ganhar muito dinheiro e fama, mas para isso precisa agradar os seus fãs fazendo tudo o que eles pedem.

Vee (Emma Roberts) é a típica garota certinha do ensino médio que nunca saiu fora da linha. Após uma discussão com sua amiga Sydney, ela resolve provar que também é cheia de atitude. No meio do jogo, ela encontra Ian (Dave Franco), outro jogador. A interação entre os dois ganha as graças do público e suas tarefas passam a ser em conjunto. Mas Ian esconde segredos e esse jogo pode chegar ao limite de vida ou morte. 

No geral, eu defino o filme como "legalzinho". Não se trata do melhor filme do ano, mas é uma boa produção tendo em vista o público jovem. Never traz algumas questões muito interessantes sobre a exposição na internet e a "inconsequência dos jovens". É bem "legalzinho" ver como os jovens se articulam e tentam enfrentar esse jogo, que apesar do sucesso, as autoridade não tem nenhum conhecimento sobre a existência dele. 


Em relação a comparação ao boatas da "Baleia Azul", eu até entendi a relação que fizeram: um jogo onde as pessoas se sentem presas e o resultado final pode ser a sua morte. Mas o filme está muito longe de falar sobre suicídio ou de jovens que entram no Never com esse objetivo, pelo contrário. O filme mostra a super exposição dos jovens e como a maioria é expectadora e incentivadora de coisas idiotas sem medir as consequências, pelo simples fato de receber um pouco de diversão. Acredito que essa "crítica" tenha muito mais a ver com o fato de abrirmos o YouTube e vermos cada vez mais "desafios" idiotas entre youtubers, aprovados pelo seu público. 

Em alguns momentos o filme parece fugir bastante da realidade e traz explicações pouco verossímeis. No entanto, ele apresenta uma boa língua e uma narrativa envolvente para o seu público alvo. No final das contas, a crítica feita a super exposição e incentivo de desafios idiotas é o que faz valer a pena ver esse filme "legalzinho". 

Um comentário:

  1. também achei legalzinho só por isso, mostrando como nos expomos ao extremos por pouca coisa.. talvez o abrir de olhos para alguém. Achei apenas um pouco divertido, lembrando o que vejo na net por ai que o povo anda fazendo por uns likes.kkkk
    beijos
    www.omundodatutty.com

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