Crítica: Extraordinário

Eu fugi muito desde os primeiros trailers anunciados do filme Extraordinário. Depois da confirmação do elenco, eu sabia que queria ver o filme, mesmo não tendo muita noção da história - já que também não li o livro. E o que aconteceu? Eu chorei do início ao fim.


Calma, não se assuste. O filme não é de todo triste e talvez eu esteja sendo bastante exagerada em dizer que chorei o filme inteiro. Extraordinário, realmente, tem um pegada mais dramática. No entanto, piadas e mais descontraídos trazem uma leva ótima para o filme.

Para quem não sabe, Extraordinário conta a história de uma garotinho, Auggie Pullman (Jacob Tremblay - que fez O Quarto de Jack), que nasceu com uma deformação facial. Ele foi alfabetizado pela mãe em casa e a família inteira dele sempre "funcionou" em função dele. Até que sua mãe, interpretada por Julia Roberts decide que é a hora dele ir para escola. Ao longo do filme, nós acompanhamos o ponto de vista da história de vários personagens ligados ao Auggie.


Gostei muito de ver como o filme explorou a ideia de apresentar outros pontos de vistas sobre o universo de Auggie, afinal, ele não está sozinho nessa. Temos a mãe que teve que largar sua carreira para cuidar o filho. Via, a irmã mais velha que se sente menos importante em comparação ao irmão . Até a amiga da irmã de Via que acha que Via tem uma vida melhor que a dela. Claro que o filme foca bastante no processo de adaptação tanto de Auggie a escola, como dos novos coleguinhas e é muito interessante ver como os docentes tentam trabalhar isso. 

Como eu acho que já deixei bem claro, o filme tem muitas cenas emocionantes. Algumas de cortar o coração e outras de chorar de alegria. Uma coisa é certa! É impossível você não sair do cinema impactado de alguma forma por essa história que dá uma lição de empatia


Sem contar que as interpretações estão maravilhosas, desde os principais até os personagens coadjuvantes. Adorei ver personagens negros não estereotipados no elenco - super queria ter aula com o professor (Daveed Diggs), fiquei com crush no Justin (Nadji Jeter) e a atriz Millie Davis é uma fofa! Eu fiquei com um pouco de receio do papel que o Owen Wilson ia interpretar como pai do Auggie, talvez de ficar muito caricato, mas me enganei. Ele também foi perfeito, apesar de ter aparecido pontualmente na história. 


Com certeza, eu já coloco Extraordinário como indicados ao Oscar 2018! Ou pelo menos estou na torcida para isso. 😃

Aliás, Extraordinários me lembrou um pouco (bem pouco), o filme estrelado por Robin Williams, em 1996, chamado Jack. Nesse filme, Jack nasceu com uma síndrome que faz com que ele envelhecesse mais cedo. Então, quando ele entra na escola tem o corpo de um homem de trinta anos, mas a mente de uma criança de 10. Ele precisa lidar com o preconceito e com situações que ainda não estava acostumado por não interagir com outras crianças. Se alguém gostou de Extraordinários e ainda não conhecia esse filme, fica aqui a dica.

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