Talvez o título desse texto deveria ser "Complexo de Falsiane", porque se for para resumir tudo o que vou falar aqui seria basicamente isso. Na vida, se formos parar para pensar, temos um número bem grande de pessoas que nós não gostamos por milhares de motivos. Desde porque a pessoa foi escrota com você em algum momento na vida, ou porque ela é simplesmente inconveniente. No entanto, quando "somos adultos" fica difícil simplesmente correr para professora e dizer que seu "coleguinha" é um chato.
Existe uma grande chance desse "coleguinha" metafórico ser alguém que não será simplesmente fácil ignorar, cortar laços e seguir em frente rezando para ele cair em outra sala no ano seguinte. Normalmente, essa pessoa é um colega de trabalho ou profissão, ou um parente, ou amigo de amigos. E aí, o que nós adultos maduros fazemos? Temos complexo de falsiane. Guardamos o nosso rancor dentro de uma caixinha e dizemos um "como vai?" que até soa com interesse, mas que no fundo você só consegue pensar nos minutos de sua vida perdidos ali com aquela pessoa.
Então, nós ficamos com esse sentimento ruim de que estamos sendo falsos. As vezes somos obrigados a ouvir de amigo mais íntimos ou terceiros: "Nossa, pensei que você odiasse Fulano". SIIIM. Um grande e sonoro sim! Fulano não está ouvindo, né? Nós odiamos fulano e provavelmente vamos sempre sentir aquele embrulho no estômago quando encontrá-lo.
Casos em que você pode enterrar a pessoa em sua vida nem chega a ser um problema de fato. Já era. Morreu. Mas como faz quando não dá? Quando o Fulano está na festa, nos corredores da empresa, é seu chefe??!!
Tem algumas pessoas que despendem de "sincericídio" e conseguem ignorar a existência de outro ser humano ou até criar situações constrangedoras. A maturidade - que as vezes vem com a idade ou não, integralmente ou em coisas específicas - pode ser uma forte aliada para perceber que ter complexo de falsiane talvez seja mais fácil nesses casos.
Já optei pelo sincericídio e atualmente estou quase que bem com o complexo de falsine. Afinal, nenhum complexo é de fato boa coisa. No entanto, eu prefiro ter em mente que isso tem a ver mais com respeito e superioridade do que falsidade? Não sei. Eu tento (do verbo tentar) acreditar que por mais que eu não me dê bem com a pessoa, vou ter menos dor de cabeça tratando ela nem bem nem mal, do que a destratando. Criar uma nova situação ruim só vai aumentar a bagagem de sentimentos ruins em relação aquela pessoa. Aí, depende de quanto de espaço você tem no porta-malas.
Tão real que chegou a doer em mim... Tenho vivido esse dilema social e ainda não encontrei a melhor saída. Tento não tratar nem bem nem mal, mas acho que sempre soa mal? É um equilíbrio muito delicado...
ResponderExcluirÉ muito difícil isso! Já tratei mal muita gente que não merecia, tipo, por nada. Mas já engoli muito sapo de gente que realmente merecia ser destratado. Por isso, odeio interações sociais haha
ExcluirOi, Nina!
ResponderExcluirMirmã, quando eu não gosto de alguém, aquela pessoa praticamente morre pra mim. Simplesmente finjo que não existo e bola pra frente. Eu não sou obrigada a ficar de conversa.
Beijos
Balaio de Babados
Sorteio Três Anos do blog A Colecionadora de Histórias
Queria ter mais firmeza como você, Lu. Mim ensina? hahaha
ExcluirMas como você faz quando a pessoa não pode ser evitada?
beijos
Tu sabe que já passei por isso e realmente não é algo fácil de lidar. Eu tento não ser falsa e rever meus conceitos sobre a pessoa. Às vezes eu percebo que a impressão que tinha de início não é a realidade. Mas quando eu não gosto meesmo da pessoa e tenho que conviver busco ser neutra.
ResponderExcluirEntretanto se a causa de eu não gostar da pessoa for ideologia e modo de pensar em algum momento provavelmente eu vou acabar debatendo com ela....
Acho que a gente consegue engolir algumas coisas até determinado ponto, né? Uma hora sai, não muito bem planejado e com palavras bonitas (haha), mas sai. Eu também tento me manter neutra até onde o meu sangue de barata aguentar.
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