Resenha: Melancia - Marian Keyes

Esse foi o meu primeiro contato com uma obra da Marian Keyes. Já a conhecia de longa data, mas quando comecei entrar no universo de romances comtemporâneos para mulheres, eu acabei partindo para a Sophie Kinsella. Finalmente, o destino nos uniu. Ganhei esse ano da Raíssa, O Outro Lado da Raposa, um exemplar pocket de Melancia. 



Se eu não me engano - fãs da autora me corrijam - esse foi o primeiro livro da autora, publicado em 1990 e alguma coisa. E durante a minha leitura, foi possível sentir o peso do tempo nas páginas: dificuldade de comunicação, celular não era popular; uso de fax, alguém usa fax ainda?; o peso de ser uma mulher de 30, o hoje é a coisa mais "in" que existe! Coisa que atrapalham a história de forma nenhuma, mas te fazem pensar o que mudaria se fosse nos dias atuais. 

Eu estou numa tarefa bem difícil de encontrar alguém que ainda não tenha lido ou não saiba nada sobre a história, mas como me encontrava nessa mesma situação há pouco tempo, vou falar um pouco do que se trata:

Claire - oh, querida Claire, tenho tanta raiva de você, porque somos tão iguais - acaba de dar a luz a sua primeira filhinha. Acontecimento suficiente para gerar um embolo de emoções. Mas eis que seu querido e amado marido resolve que tem um novo grande amor. Melhor - ou pior? - e acha que uma boa hora para anunciar isso é quando Claire acabou de sair da sala de parto - joinha irônico. Totalmente perdida - o que não é de se admirar -, ela resolve voltar para casa dos pais em Dublin - ouvi Irlanda? -, onde suas irmãs mais novas ainda moram. O que se sucede é uma série de momentos de depressão, nostalgia e descobertas.


Não vou me adentrar mais na história, porque acho que essas informações são suficientes para dar uma panorama mais geral do que você irá encontrar nessas quase 500 páginas. 

Como leitora de primeira viagem de Marian Keyes, confesso que fiquei muito empolgada com a enorme possibilidade de quotes-indiretas disponíveis para distribuir por aí. Fiquei bastante frustrada em ver a Claire que ainda tinha 28 ou 29 anos se tratando como se tivesse 60 - mas entendo que ela estava numa bad vibe e ainda acho que essa ideia de que 30 anos é "okay ainda" é coisa mais recente. As divagações da personagem principal nem sempre eram muito interessante e as vezes muito extensas para o meu gosto - como eu disse, meu gosto!  No final acontecem coisas que não vem ao caso agora - spoiler - que eu esperava outras explicações. 

Tenho muita curiosidade em conhecer outras obras da autora. Afinal, quando eu anunciei que estava lendo o livro, uma chuva de indicações de outros livros de dela surgiram nos comentários das minhas fotos no Instagram. Então, num futuro breve terá mais resenha da autora por aqui. 

Aproveite para ver a resenha que fiz com a Raíssa para o Ponte Aérea Literária:

4 comentários:

  1. Olá Nina (e Raíssa)!
    A personalidade da Claire, pelo pouco que lembro, é, de fato, extremamente exagerada e insegura. E sim, eu também me identifiquei com ela.
    Essa questão da "enrolação" aconteceu nos outros livros que eu li também, então, acho que talvez seja uma característica da Marian Keyes.
    É muito bacana você ler os outros livros da autora e encontrar a Claire, por exemplo, na estória de outra irmã. Eu li cinco livros da Marian também por isso, por querer ter maiores informações sobre o "depois" do final do livro.
    Gostei muito do estilo da resenha! Parabéns, meninas.
    Beijocas - Historiar

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    1. Bem-vinda, Thami! Fiquei mais empolgada em saber que ela aparece em outros livros com outros pontos de vista. Obrigada também por esclarecer esse questão sobre a enrolação para gente. Acho que vamos mais preparadas para as próximas leituras da Marian. Beijos!

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  2. Meu livro favorito da autora <3

    www.saidaminhalente.com

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