Aquele sentimento de estou só

Como não estou conseguindo consumir entretenimento direito para produzir conteúdo, no post de hoje, eu vou compartilhar experiência de vida. Não quero generalizar falando que todo mundo já passou, está passando ou irá passar por esse sentimento de solidão. Mas se esse é o seu caso, vamos conversar.



Há alguns meses, se você perguntasse: Nina, você tem muitos amigos? Eu seria capaz de dizer ... Nenhum! Não porque eu não tinha amigos, mas porque eu não sentia como se tivesse. Na minha mente maluca e depressiva, comecei a criar histórias imaginárias, do tipo, "Eles não se importam mais comigo". Me convenci dessa narrativa e cai na armadilha da solidão.

Óbvio que quando a gente sai do escola, passa pela faculdade e começa a seguir pela vida adulta, fica um pouco complicado continuar aquela relação de "o dia inteiro com a pessoa e ainda ter fôlego para ficar horas no MSN" - bons tempos, por sinal. Claro que algumas amizades permanecem assim para o resto da vida, mas o fato desses diálogos não acontecerem com tanta frequência, não significa que esses amigos não existam mais - ou melhor, que eles não se importam com você e seus problemas. 

Achei que a solução era não os procurar mais, fingir que estava tudo bem, mesmo sabendo que precisava deles. Me deixei cair na armadilha da depressão e me afundei nesse sentimento de solidão. E ao invés de procurar os meus amigos - que sim, eles existiam, apesar de toda retórica negativa produzida pela minha mente - , eu alimentava um sentimento ruim dentro de mim. 

Para, amiga, que tá feio! Ninguém tem bola de cristal para saber o que está acontecendo na vida do outro. Amizade é mais que presença física no cotidiano. Ela envolve todo um processo de empatia e diálogo. D-I-Á-L-O-G-O.

A administração de tempo na vida adulta é um desafio - para não dizer uma bosta -, mas o fato dos seus amigos não te procurarem toda hora, não quer dizer nada. Talvez eles também não te procurem, porque você também não os procura. E deixar essa bola de neve crescer é um erro enorme!

Precisamos ser honestos com nossas amizades, mas principalmente conosco e não ter vergonha/nóia/rancor de procurar um amigo pela falta de tempo mútua que, infelizmente, é inerente a boa parte da vida adulta.

Falando em falta de tempo e vida adulta, agora estou trabalhando como assessora da escritora Clara Savelli, e também colunista do blog. Então, podem esperar muitas novidades por aqui!

2 comentários:

  1. Heey!

    Esse texto fez tudo o sentido pra mim. Virar a adulto e ter que lidar com responsabilidades e falta de tempo é bem complicado, mas a gente acaba se adaptando.
    E hey eu tô sempre aqui viu. Já te considero uma amiga com certeza e sempre que precisar pode contar comigo!

    Beeeijo

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