Jardim Feminista: Meu padrão

Hoje eu quero compartilhar um pensamento que venho desenvolvendo ao longo da minha vida. Como boa parte das adolescentes ~ tenho medo de ser muito generalista dizendo que todas passaram por isso ~, eu cresci questionando o meu corpo, sempre tendo como base padrões que estavam muito longe de como eu era.


Apesar de ter ouvido a vida inteira de como as pessoas queriam ter o meu "corpinho" ~ Afinal, ser magra é mais aceito socialmente. Mas ser "esquelética" não é "padrão". Calma, eu não sofro de nenhum distúrbio alimentar ~ apesar de parecer. Eu simplesmente sou aquela sua amiga, prima ou conhecida que parece ter quatorze anos ~ eternamente ~ e que encontra com mais facilidade roupas do seu tamanho na seção infantil. 

É muito difícil você ter que se aceitar como não sendo uma figura "sexy", que você nunca terá "peitos de verdade" ou conseguirá usar uma roupa de "adulto" sem parecer uma criança usando as roupas da mãe. Eu cresci achando que mulheres desejadas têm curvas, são "gostosas".

Claro, que não era só com o meu corpo que eu não estava satisfeita. Ali estavam na minha cara ~ coisas que eu não podia esconder com tanta facilidade ~ minhas orelhas enormes, que as 13 anos fui orientada por uma amiguinha ~ mais descolaada e madura ~, como escondê-las amarrando o cabelo de determinada forma. Ou meu nariz ossudo, que já pensei em fazer cirurgia ~ mas as minhas lembranças do nariz do Michael Jackson me fizeram desistir dessa ideia. 

Eu queria chegar ao final desse post dizendo que mudei completamente de pensamento em relação a minha imagem ~ seria ótimo. Mas como eu disse, eu "venho desenvolvendo" isso. Comecei a buscar as minhas próprias referências de beleza e "sexy". Encontrei tantas mulheres lindas que são muito parecidas comigo "fisicamente" e isso tem me ajudado bastante. 

Chega a ser um tanto perturbador quando você para pensar que a sua beleza precisa ser reafirmada pela beleza de outro alguém. Mas ainda assim, acho menos perturbador do que você aceitar padrões em que você não se encaixa e sofrer por isso, sendo que existem outras milhares de mulheres  ~ LINDAS ~ parecidas com você. 

Eu espero realmente que um dia a minha única referência seja a minha imagem refletida no espelho.

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Se você tiver um tempinho, veja esse curta que faz uma crítica muito interessante a obsessão pelos padrões:


Um comentário:

  1. Oi Nina!
    Concordo totalmente com você, por um tempo já me senti insegura, já que sou muito magra de rosto e nariz fino. Mas comecei a me aceitar, todos falavam que eu era bonita, vi vídeos de garotas como eu e agora estou bem comigo mesma!
    Beijos azuis

    Semitributo.blogspot.com

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