Para hoje não ficar sem post, eu estou fazendo um REPOST de 30 de março de 2016. Espero que quem ainda não tinha visto, se identifique com o texto também. E ainda está valendo enviar textos para o PN, viu?! Esse blog também é de vocês!
Você já parou para pensar sobre coisas que você pensava quando era mais novo? E nem digo tão novo assim, talvez há um ano. Toda vez que me pego analisando minhas convicções, eu percebo o quanto elas mudaram. E acho que para muitas pessoas com um pensamento mais conservador no significado estrito da palavra, aqueles que querem perpetuar algo, isso pode soar assustador. Mas o único sentimento que transborda em mim toda vez que tomo ciência dessas transformações é o orgulho, que se dá diante das diversas descobertas que eu fiz - e ainda faço.
Você já parou para pensar sobre coisas que você pensava quando era mais novo? E nem digo tão novo assim, talvez há um ano. Toda vez que me pego analisando minhas convicções, eu percebo o quanto elas mudaram. E acho que para muitas pessoas com um pensamento mais conservador no significado estrito da palavra, aqueles que querem perpetuar algo, isso pode soar assustador. Mas o único sentimento que transborda em mim toda vez que tomo ciência dessas transformações é o orgulho, que se dá diante das diversas descobertas que eu fiz - e ainda faço.
"Meus erros" |
Se permitir aceitar que errou, se permitir transformar é se autoconhecer. Eu sempre fui de me culpar por muitas coisas, sempre depositei um peso descomunal nas minhas costas para tentar atender determinados padrões e sempre me sentia mal por isso. Ainda me cobro por muitas coisas que sei que não deveria me cobrar, mas agora eu percebo que eu sou muito mais do que esses "erros".
Ao longo dos meus 24 anos, eu vinha desbravando um mundo particular só meu. Hoje, eu vejo que esse meu mundinho, muitas vezes triste e cruel, é o mesmo de muitas mulheres. Saber da existência desses outros mundos é reconfortante em diversas maneiras. Fica muito mais fácil entender o outro - ou a outra, nesse caso - e com isso, entender melhor a si mesmo. As culpas antes carregadas passam a ser descabidas e você encontra uma força em si mesmo que nunca tinha imagino existir.
"Pare de se desculpar por suas emoções" |
Todo esse meu sentimento feminista, por mais que eu não tivesse conhecimento, ou a devida "orientação" quando era mais nova, foi florescendo dentro de mim aos longos do ano. Eu lembro exatamente como acreditava que precisava de um príncipe encantado em minha vida, de como eu era contra o aborto, de como eu achava que não atendia a um padrão, de como eu sempre tinha que ser um exemplo, de como eu não podia errar mesmo sabendo que o mundo apostava no meu erro e estava pronto para apontar todos os dedos para mim.
Hoje vejo o feminismo como uma sementinha que todas as mulheres carregam dentro de si. Por mais que neguemos, ele é algo inerente a nós. Nascemos carregando um peso que não sabemos ao certo o que é, mas ele está ali nos empurrando para baixo a todo momento. E assim, vamos crescendo. Nem sempre a sementinha floresce na mesma proporção. Mas me orgulho de ver a minha sementinha crescendo e se fortalecendo nesse mundinho cruel. Tudo isso porque me permiti transformar, me enxergar e ver o mundo a minha volta sem os óculos do conservadorismo. Eu sei que quando essa semente virar uma flor dentro de mim - ou até mesmo uma árvore - eu serei tão forte como ela e seremos mais do que nunca, uma só!
Todo esse meu preâmbulo - sim, meus psicoticozinhos, isso é só o começo - é para dizer que pretendo compartilhar todo esse meu florescer aqui, que eu sei que vem acontecendo há uns anos, mas que ganhou força na primavera feminista do ano passado. Sei que posso somar nesse jardim na luta pelo empoderamento feminino e pela igualdade de gênero. E qualquer conhecimento, ajuda emocional, divulgação de iniciativas ou o que for, eu vou fazer. Eu sei o quanto esse sentimento de não estar só está fazendo bem para mim e se de alguma forma eu puder continuar espalhando essa corrente, eu o farei.
Para começar, eu indico o post do Think Olga falando sobre essa primavera que comentei com vocês e como a internet exerceu um papel fundamental para propagação de ideias e lutas feministas: UMA PRIMAVERA SEM FIM. (Eu me arrepiei lendo esse post!).
[As imagens que peguei para esse post foram encontradas no google com a pesquisa da palabra Feminism Tumblr. Nem todas consegui checar sua verdadeira origem. Mas acho que a maioria é desse tumblr: AMBIVALENTLY YOURS].
E, claro, o Psicose está aberto para qualquer tipo de colaboração pertinente. Entre em contato pelo email: ninanovaes@live.com com o assunto 'JARDIM FEMINISTA' ou deixe o seu comentário.
Queria poder apertar mil vezes o botãozinho do amei.
ResponderExcluirVocê é tão leve e doce com as palavras, que eu quase acabo de perder meu ponto (estou no ônibus) por ter me teletransportado pro seu texto.
Amo temas/ leituras/ debates feministas e fiquei muito feliz por encontrar esse seu post.
Obrigada por me fazer também mais forte. Que possa empoderar e libertar cada vez mais outras mulheres.
Sigamos juntas! #girlpower