Talvez este esteja sendo um grande erro meu em ter visto o filme há uma semana e deixar só para escrever agora. Ou talvez, isso deixe o post melhor e mais organizado... Não sei, vamos ver.
Curly Sue conta uma história muito gostosa de ver e acaba se tornando um pouco mais dramática do que eu poderia imaginar. Mais uma vez esse é o John Hughes tratando de questões familiares e de como não podemos ficar presos a primeira impressão que temos dos outros.
Em português, o nome do filme é "A malandrinha" e se encaixa muito bem na história. Bill Dancer é tipico malandro que tenta levar um dia de cada vez, mas as coisas mudam um pouco de figura quando um bebê é abandonado na sua porta. Como além de malandro, ele tem um grande coração, Bill resolve fazer de tudo para criá-la e acaba criando um mini-clone da sua malandragem. E assim, é Curly Sue, uma menininha de 9 anos que sabe se virar muito bem, no entanto, lá no fundo ainda preserva a doçura da infância.
Mas a grande transformação na vida dessa dupla acontece, quando eles acabam em Chicago, depois de pular de cidade em cidade, e resolvem dar um golpe Grey Ellison, uma advogada muito bem sucedida na vida profissional, mas que teve que abdicar muito da vida pessoal para isso.
Bem, o plano era Bill simular um atropelamento com a ajuda de Curly Sue e de fato o consegue, mas só ganham um jantar avantajado numa "burgueria", local um tanto estranho para sofisticada Grey que se sentiu mal pelo que tinha acontecido. A história entre esses três tinha tudo para acabar por ali, mas seja por destino ou forças sobrenaturais (comandadas pelo John Hughes), Grey consegue atropelar Bill de novo, só que dessa vez de verdade! Muitas mudanças irão acontecer na vida desses personagens que ao primeiro momento podem não parecer muito boas, mas o resultado final para vida deles é o que importa.
A relação do Bill com a Grey, me lembrou muito a clássica trama da dama e do vagabundo. E gostei muito da cena em que cada um passa um dia na vida do outro. O filme também trás questões mais sérias em relação a Curly Sue que não conseguia se adaptar em uma escola, já que eles viviam se mudando, o que fez com que a menina atrasasse sua alfabetização. Sem contar, questões legais que envolve o fato de Bill não ter a guarda da menina. Tudo isso é levantado no filme, não esquecendo da comédia e cenas um tanto que caricatas (e exageradas).
Um última observação que quero fazer é sobre a participação da Edie Mcclurg que aparece de novo fazendo papel da mulher chata que fica no telefone e não presta atenção no que a gente está pedindo, como no filme "Planes, trains e automobiles", quando ela faz a atendente da agência de aluguel de carros.
Mais uma coisa! Eu adoro as cenas finais dos filmes do John Hughes que dão uma espécie de conclusão/lição de vida e mostra o personagem principal sorrindo, como se finalmente ele tivesse chegado onde queria.
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