Eu nunca pensei que seria tão difícil falar da Irlanda. Sabe, colocar tudo no "papel", todas as experiências e sentimentos, não é fácil. Escrever sobre cada dia seria loucura. Eu sei que até teria muito que falar sobre cada dia e esse é o problema. Ter muito o que falar não significa que as pessoas queiram ler sobre cada detalhe. Mas me entendam, por favor, é difícil organizar tudo o que aconteceu na cabeça.
Liffey River, Dublin. Cara de cansada depois de me perder no centro, sacolas da penneys e a caminho de um pub. |
Bem, na primeira semana foi momento de adaptação, olhos brilhando e reconhecimento do território. Me adaptei mais rápido do que imaginava. Andar em Dublin não é difícil quando se tem o Spire e as pontes como referência. A única coisa que eu precisava era saber chegar até o LUAS. Isso quando ele não quebrava.
No meu segundo dia na terra do leprechaun tive essa brilhante surpresa quando estava saindo de um pub com uns amigos. Para minha sorte estava com um espanhol que sabia como pegar o táxi e chegar na residência estudantil. Não que tivesse algum mistério, mas no segundo dia nem sabia pronunciar direito "Stillorgan" (que descobrir apenas na última semana que não faz parte de Dublin City).
Gerard, da Espanha. Primeiro dia na Diceys de muitos que vieram... |
Nesse dia era para eu, Jady e Débora encontrarmos a Mi e a Tani para irmos ao Castle. Lembra que falei que andar em Dublin é fácil? Bem, talvez não no seu segundo dia. Nos enrolamos e nos atrapalhamos e acabou que perdemos nossas três horas de dia. E acabamos na penneys + pub.
Mas no dia seguinte nos organizamos melhor e partimos rumo a Malahide Castle. Foi minha primeira vez pegando o ônibus de dois andares, minha primeira vez entornando no gargalo suco de laranja na embalagem de um litro (Obrigada Tani pela experiência! Cheers)
Malahide Castle, Dublin. |
Pegamos o último passeio guiado. O castelo é lindo e realmente vale a pena ser visitado, mas não esperem por um lugar enorme, sem contar que eles só te levam para conhecer alguns pontos. Mas realmente vale a pena. É cheio de detalhes e tem audio guia para quem tem o inglês ruim, porém ele é uma merda. Fica um português falando umas coisas aleatórias e super boring. Recomendo que você se esforce e tente entender a guia.
Eu, Débora, Jady, Mi e Tani nos jardins do Malahide Castle, |
Fomos obrigadas a ouvir uns italianos falando "só podiam ser brasileiras para ficar tirando foto com castelo": 1. Eles realmente acham que italiano é uma língua difícil para brasileiros entender? 2. Como se eles não viessem para o Brasil e não fossem querer tirar foto com, sei lá, o Cristo. Por favor, né?
Além do castelo você pode visitar o jardim. Ele deve ser lindo na primavera/verão, mas em fevereiro vimos basicamente árvores com cara de mortas. Tiramos várias fotos e tivemos uma longa discussão sobre o mini laguinho estar congelado ou não.
Malahide Caslte ao anoitecer. |
Quando olhamos para o céu, já tinha escurecido. Nos despedimos dos funcionários que já estavam fechando o local e seguimos nosso rumo pelo mesmo lugar que entramos, onde tínhamos que atravessar um floresta (não muito convidativa). Zuamos um cara correndo ao longe falando que era um psicopata. E eis que quando chegamos no portão, ele estava fechado. Nos restou duas opções: voltar pela floresta do mal (e encontrar um possível psicopata) ou pular o muro. Pois é, brasileiros fazendo brasileirices... Pulamos o muro! (Com alguns carros como plateia parados no sinal).
Ah! Não dá para contar uma semana em um post!! Talvez eu junte alguns dias, pule alguns... Vou ficando por aqui e o próximo post será sobre minha ida a primeira prisão e minha solidariedade (financeira) aos fantasmas do local. Aguardem!
Uaaau Castelos! Sério, devem ser magníficos!
ResponderExcluirvocê deveria ter feito um diário enquanto estava lá hahahahaha
Oi Cah!! Eu tenho um "diário", eu tenho tudo anotado do que fiz em cada dia. Mas o problema mesmo é escrever... Bate a nostalgia toda vez!
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