Irlanda: Voando e chegando

Ir para Irlanda sempre foi um sonho meu que muitos amigos tiveram a oportunidade de acompanhar de perto. Sempre deixei bem claro meus medos e expectativas enquanto a viajar para lá. Quando em abril do ano passado fiquei sabendo que finalmente esse sonho ia virar realidade quase pirei. Imagina esperar dez meses? (Acho que nunca vou poder ter um filho, vou ter um infarto enquanto espero tanto tempo).




 Bem, eu fui para Dublin através da Lufhtansa (uma cia aérea alemã) e fiz conexão em Frankfurt. Durante o voo tudo perfeito. Consegui tirar alguns cochilos longos, assisti Maze Runner e lanchinhos eram gostosos. O ponto mais importante dessa parte da viagem foi quando vi uns alpes cobertos de neve. Meus olhos não estavam acreditando no que estava vendo e acho que foi ali que ficha caiu de que eu estava bem longe do Brasil.



Assim que cheguei em Frankfurt fui procurar o meu portão B-alguma coisa. Sai desesperada contando com a possibilidade de que eu poderia me perder. Bem... Ainda bem que eu me conheço muito bem. Fui seguindo as placas que indicavam a letra B. Parei para ir no banheiro e tirar alguns casacos (acho que estava tão ansiosa e empolgada que comecei a sentir calor). 



Passei pela segurança, raio-x nas malas e revista. Mas cade o raio do portão B-alguma coisa? Comecei a perguntar e foram me indicando. Quando vi estava no lugar completamente errado. Eu estava tão errada que para você ter uma noção eu tinha que pegar uma espécie de bondinho. 


Foi nesse momento que vi um mini projeto de neve. Sabe como é brazilian né? Vê um floquinhos branco caindo no céu e já se empolga. Se é que aquilo podia ser chamado de neve.

Pois bem. Tive que passar por outra segurança, raio-x das bolsas e revista. Já estava ficando fera nisso. Tive tempo de sentar e falar com a minha mãe pelo Viber e mandar sinal de vida para os amigos.

E lá ia eu mudar o fuso do meu relógio de pulso de novo. Já que a Alemanha e a Irlanda tem uma hora de diferença. Acho que uma dica que dou é essa, se você usa relógio de pulso, mude logo o horário para local que você está indo assim que sentar no seu assento do avião.

Fiquei na janela e pude me surpreender ao começar a ver a costa da Irlanda. Toda verdinha e linda. Naquele momento eu sabia que um mês incrível estava para começar.

Quase tive um treco quando cheguei na parte da imigração e vi a fila enorme para "others passaport". Eu ainda nem estava na metade quando a fila dos passaportes europeus acabou. A única coisa que eu pensava era que o meu transfer ia me abandonar ali e eu não ia achar minha mala.

Quando chegou a minha vez fiquei um pouco ansiosa, mas sabia que estava tudo certo e não tinha o que dar errado. Primeiro ele pediu meu passaporte, perguntou o que ia fazer ali, pediu a carta da escola e perguntou quanto tempo eu ia ficar. Falei que era apenas um mês. Ela disse que me daria três meses porque na realidade as pessoas que iam lá para ficar um mês geralmente ficavam mais (quem me dera). E carimbou os três meses e me deu as boas-vindas.

Achei minha mala com facilidade e corri para encontrar meu transfer. Assim que sai do desembarque bateu o desespero porque não vi nenhuma placa. Depois de um tempo um senhor simpático surgiu com meu nome escrito. Era o John, um senhor muito simpático que ficou batendo papo comigo enquanto esperávamos a próxima estudante e me ajudou a comprar o adaptador.


Chegando na residência... Bem, não era exatamente o que eu esperava. Meu quarto ficava em um prédio anexo. E se eu quisesse usar a cozinha ou a sala de estar teria que andar uns 500 metros pelo frio de 2 graus. Mas para um mês deu para aguentar. Fiquei um pouco chateada de que algumas redes sociais (como o facebook, instagram) eram bloqueadas naquele prédio e eu precisaria ir até o prédio principal para usar. Depois ao longo das semanas descobri que casa de família é o que há de melhor e qualquer problema dá para mudar sim! (Fica a lição para a próxima).




Nossa, eu pensei que ia escrever bem menos. Eu ia falar sobre o meu primeiro dia aqui também, mas vou deixar para o próximo post. 

3 comentários:

  1. Que legal sua aventura, Nina! Eu vivi uma experiência parecida quando fui para a Itália. Eu já tinha 24 anos, mas me senti uma adolescente.
    Amei suas fotos. Infelizmente, não participei do encontro para ver ainda mais... mas com certeza poderemos falar mais sobre sua viagem à Irlanda. Um grande abraço!

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  2. Ahhhh que empolgante! Continue assim com fotos e detalhes. Adorei!

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